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PSB coloca mais exigências em troca de apoio ao ex-ministro Fernando Haddad

Pré-candidato disse que se comprometeu em atingir meta mínima na Educação até o fim do mandato

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Por Ricardo Chapola
Atualização:

SÃO PAULO - Em mais uma exigência do PSB em troca de apoio, o pré candidato do PT à Prefeitura de SP, Fernando Haddad, disse nessa quinta-feira, 17, que os socialistas pediram ênfase em educação em tempo integral, no que seria uma outra condição de aliança. Além dessa, o PSB já teria pedido ao PT para abrir mão de algumas candidaturas em algumas grandes cidades do Sudeste e capitais do Norte ou Nordeste em prol da negociação.

 

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O ex-ministro afirmou que se comprometeu em atingir a meta mínima de 20% das matrículas em tempo integral exigidas pelo PSB até o fim de seu mandato. "Nas tratativas com o PSB, uma das questões que foi muito enfatizada como um ponto de tangência e de convergência entre nós é a questão da educação em tempo integral. Isso foi muito enfatizado como um ponto importante que fosse contemplado no nosso programa", disse, durante um debate sobre educação, promovido nesta quinta no Sindicato dos Engenheiros, em SP.

 

Com o PC do B, outro possível aliado de Haddad na campanha, o petista afirmou ter havido evoluções na articulação, embora o partido ainda tenha mostrado que manterá a candidatura própria de Netinho de Paula. "Nós temos muito apreço pelo Netinho de Paula, mas na eventualidade de o PC do B seguir outro caminho, de estabelecer uma aliança, nós queremos discutir, porque gostaríamos muito de tê-lo conosco".

 

Educação. O evento contou com a participação de duas novas aliadas de Haddad. Historicamente ligadas ao PSDB, a socióloga Maria Alice Setúbal e a secretária municipal de Educação do Rio de Janeiro, Claudia Costin, manifestaram apoio ao petista nas eleições deste ano. Ambas foram cortejadas por Haddad em seu discurso de abertura do evento. Além delas, a cúpula da campanha do petista mantém à "sete chaves" a lista de outros tucanos apoiadores. Militante na campanha de Marina Silva à Presidência da República, em 2010, Maria Alice, no entanto, diz que não será tão engajada nas eleições desse ano.

 

Abrindo o debate, Maria Alice Setúbal apontou a ausência de políticas sociais articuladas na gestão atual. Ela apresentou a tese de que os problemas em educação estão intimamente ligados à vulnerabilidade social, no sentido de que quanto maior vulnerabilidade, pior será o desempenho do aluno na escola.

 

Corroborando a falta de políticas públicas articuladas, a secretária Claudia Costin traçou paralelos para comparar as realidades de São Paulo e do Rio de Janeiro no que respeita à educação. Apesar de ter considerado que as cidades vivem momentos diferentes, a secretaria destacou a ausência de vaga nas creches, como um ponto em comum nas duas administrações.

 

Após a fala, Haddad tomou a palavra para criticar a falta da presença federal em SP, por opções políticas. "Nós vamos oferecer condições para a União vir para cá, isso está em nossa alçada", garantiu.

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