PRP rejeita aliança com Jair Bolsonaro nas eleições 2018

Partido se recusou a indicar general da reserva Augusto Heleno como vice do pré-candidato do PSL à Presidência

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Por Pedro Venceslau
Atualização:

O Partido Republicano Progressista (PRP) recusou nesta quarta-feira, 18, indicar o nome do general da reserva Augusto Heleno para a vaga de vice na chapa encabeçada pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) para a disputa à Presidência nas eleições 2018. No dia anterior, o parlamentar havia indicado que anunciaria Heleno como vice. 

O general Augusto Heleno (PRP-DF) é da reserva do Exército brasileiro e comandou as tropas do País no Haiti. Foto: JOSÉ PATRÍCIO/AE

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"O partido dele não quis aliança alegando compromissos regionais. Usaram um argumento Tim Maia: do tipo me dê motivo", deputado major Olímpio, presidente do PSL-SP e integrante da cúpula nacional da pré-campanha de Bolsonaro.

Sobre os motivos, Olimpo usou uma frase dita pelo ex-presidente Jânio Quadros ao renunciar a Presidência da República em 1961:  “Jânio chamava isso nos anos 60 de forças ocultas”. Na verdade, Jânio usou o termo "forças terríveis". 

Ele explica que o PRP não interessava: “Nós queríamos a figura dele (do general). O PRP é indiferente para nós”

Sem o PRP, Bolsonaro pode optar por uma chapa puro-sangue com um nome do próprio PSL na vice. Há quatro nomes em discussão. Uma das saídas, segundo apurou o Estado, seria a indicação da advogada Janaína Paschoal, filiada ao mesmo partido de Bolsonaro, como vice. Paschoal é uma das autoras do pedido do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff e estava cotada para disputar o governo paulista ou uma vaga na Câmara dos Deputados.

Pelo Twitter, Janaína Paschoal não quis comentar as especulações sobre o seu nome: "Pelo enorme respeito que tenho para com a Imprensa e pelo número elevado de telefonemas e pedidos de entrevista que estou recebendo, informo a todos que não há nada a informar. Estou num dia normal de trabalho, como todo brasileiro honesto".

A escolha de um vice virou um problema para Bolsonaro. O favorito dele para a vaga era o senador Magno Malta (PR-ES), mas as conversas foram encerradas após Malta rejeitar a proposta. Além da recusa de Malta, o PSL e o PR não chegaram a um acordo nas alianças regionais. 

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