PUBLICIDADE

Programa de Kassab critica 'baixaria' de Marta

PUBLICIDADE

Por CAROLINA FREITAS
Atualização:

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), acusou hoje a adversária Marta Suplicy, do PT, de apelar para a "baixaria" e usou depoimentos de populares para atribuir a atitude da candidata a "ciúme" e "inveja". O apresentador do programa do horário eleitoral gratuito do democrata comparou a estratégia de Marta ao "ataque vergonhoso" que Fernando Collor fez a Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 1989. A reação foi a inserções no rádio e na TV, veiculadas nessa semana, perguntando se Kassab era casado ou tinha filhos, o que foi interpretado como "insinuação maldosa" pelo próprio democrata. A propaganda foi retirada do ar. Outra crítica à petista veio quando o assunto era projeto habitacional. "Casa que a Marta prometeu e não entregou, o Kassab foi lá e fez", afirmou o narrador. "Não é coqueiro nem belezura. É trabalho e planejamento", completou com ironia Kassab. O programa da petista se dedicou a "restabelecer a verdade" e a mostrar a "vida real" da cidade, "diferente da que o Kassab mostra". O apresentador usou trechos do programa político do candidato do DEM para pôr em dúvida a paternidade dos hospitais de Cidade Tiradentes e M''Boi Mirim - bandeiras da campanha de Kassab. De acordo com o programa de Marta, a ex-prefeita deixou 60% das obras do hospital de Cidade Tiradentes prontas e as bases para a construção do de M''Boi Mirim. "Ele apenas deu continuidade aos projetos da Marta", afirmou o apresentador. A candidata exibiu depoimentos de apoio da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, do ministro da Justiça, Tarso Genro, e do escritor Fernando Morais, mostrando que "continua ganhando apoios". Marta criticou ainda a gestão do trânsito e apontou "medidas improvisadas" tomadas por Kassab. Ela prometeu construir 228 quilômetros de corredores de ônibus, oito terminais e 47 km de linhas de Metrô para amenizar o problema e disse que as obras custariam R$ 16 bilhões nos próximos seis anos. "É muito dinheiro? É", ponderou a petista. "Mas, se nada for feito, São Paulo vai parar logo, logo."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.