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‘Primeiro ano não pode ser estágio para governar’, afirma Eduardo Leite

Tucano Eduardo Leite quer levar principais projetos para aprovação na Assembleia ainda no primeiro semestre

Por Filipe Strazzer
Atualização:

PORTO ALEGRE - O ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB) quer mostrar “novidade com experiência” para ganhar o eleitorado. Ele pretende enfrentar a crise renegociando os atuais termos do Regime de Recuperação Fiscal e aposta no desenvolvimento do Estado como saída. No plano nacional, declarou apoio “com ressalvas” a Jair Bolsonaro (PSL). A seguir, os principais trechos da entrevista:

Eduardo Leite, candidato do PSDB ao governo gaúcho Foto: Rodger Timm/Ascom PSDB Foto: Rodger Timm/Ascom PSDB

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O sr. diz que é a favor do Regime de Recuperação Fiscal, mas em outros termos. Quais?

A questão da recuperação é como vai ser aproveitada essa janela de oportunidade para gerar receita que dê fôlego para voltar a cumprir compromissos sem colapsar as contas. E há pontos que merecem ser reanalisados. O principal é o incremento de efetivo na Segurança. A simples reposição de cargos vagos não será suficiente para vencer a criminalidade.

Muita gente tem de sair de sua cidade para ter atendimento médico. O que pretende fazer para melhorar o acesso à Saúde?

Ajustar o pagamento para prefeituras, que estão com repasses atrasados. E os hospitais filantrópicos também têm tido atrasos no pagamento, o que faz com que se fechem leitos e suspendam serviços. Promover uma revisão das referências regionais de acordo com o perfil epidemiológico de cada região, para aproximar o atendimento de saúde.

O sr. diz que pretende colocar o salário do funcionalismo em dia no primeiro ano. Como?

Ações de reestruturação da máquina vão nos permitir a contenção de despesas. Até mesmo dentro do custo da folha de pagamento dos servidores, com a revisão e reestruturação de planos de carreira, que acabam produzindo um crescimento vegetativo que beneficia alguns em detrimento da grande massa dos servidores.

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O governador Sartori sofreu para aprovar alguma medidas na Assembleia contra a crise fiscal. O sr. acredita que consegue essas aprovações?

Estamos confiantes que sim. Vamos usar o processo de transição como momento de refinamento da plataforma e dos projetos, para que no primeiro semestre de 2019 possamos levar os projetos mais importantes para a Assembleia. O primeiro ano não pode ser um estágio para aprender a governar.

O sr. declarou apoio a Jair Bolsonaro com “ressalvas”.

Declarei voto no Bolsonaro e não deixei de fazer as ressalvas e as críticas aos pontos que eu acho que merecem, especialmente no que diz respeito à convivência pacífica entre as pessoas.

Quais são suas propostas para a Segurança?

Vamos melhorar a articulação entre as polícias, fazer parcerias com os municípios na área da prevenção que unam assistência social, educação e saúde. E estudamos a criação de uma Secretaria de Administração Penitenciária.

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