Presidente do TSE defende manutenção de tropas no Rio

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Por MARIÂNGELA GALLUCCI
Atualização:

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, defendeu hoje que as tropas federais sejam mantidas no Rio de Janeiro para reforçar a segurança no segundo turno. "Pela minha vontade, as forças permanecem", afirmou. Ele contou que o governador do Rio, Sérgio Cabral, também é à favor da manutenção das tropas no Rio. "A minha avaliação pessoal é de que convém manter as tropas no Rio. A eleição transcorreu num clima de normalidade", disse o presidente do TSE. Para Ayres Britto, o incidente mais grave da eleição de ontem ocorreu no município maranhense de Benedito Leite. O presidente do TSE relatou que cerca de 600 pessoas interromperam a votação, incendiaram 11 urnas e encurralaram o juiz e seu filho. "Mas, como havia força federal (11 agentes do Exército e 10 policiais militares), eles resgataram o juiz e seu filhinho", informou. Ele explicou que, diante da gravidade da situação, a presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão decidiu anular a eleição de domingo e convocar uma nova votação para o próximo dia 26. Conforme informações divulgadas hoje pelo TSE, haverá segundo turno em 29 municípios. Para o presidente do TSE, o processo de apuração e totalização dos votos no primeiro turno foi muito rápido e bateu os recordes dos últimos anos. Para provar isso, ele citou dados de 2004 e 2006. Em 2004, a totalização e apuração foi concluída dois dias depois. Em 2006, isso ocorreu às 14h55 do dia seguinte. Na votação de ontem, o processo terminou às 13h17 de hoje. O último Estado a fechar os dados foi Amazonas. "Quebramos todos os recordes em termos de rapidez", disse. Ayres Britto contou que conversou ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a eleição. Segundo o presidente do TSE, Lula telefonou na noite de ontem e estava muito satisfeito com o processo eleitoral. Ayres Britto ressaltou ainda que foi mínimo o número de urnas que tiveram de ser substituídas pelo voto manual. Segundo ele, o índice ficou em 0,0057%. O presidente do TSE citou ainda a evolução das candidatas mulheres na conquista de cadeiras no Executivo dos municípios. Segundo ele, as mulheres conquistaram 9,16% dos cargos de prefeito na eleição de 2008. Em 2004, elas obtiveram 7,32% das cadeiras. No entanto, o índice se manteve mais ou menos estável nas Câmaras de Vereadores. Na eleição deste ano, as mulheres ficaram com 12,51% dos postos na Câmara. Em 2004, elas conquistaram 12,64%.

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