Presidente da Câmara quer aumento de verba de gabinete

Marco Maia diz que aguarda condição orçamentária para reajuste; proposta prevê que quantia passe de R$ 60 mil para R$ 75 mil ao mês

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Por DENISE MADUEÑO e BRASÍLIA
Atualização:

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), defende o aumento da verba destinada aos gabinetes dos deputados, utilizada para o pagamento de assessores contratados sem concurso público. Cada deputado tem disponíveis R$ 60 mil por mês para pagar salários de até 25 funcionários, que trabalham nos gabinetes na Câmara ou na base eleitoral do parlamentar. "Sou favorável (ao reajuste). São servidores de gabinete que têm os salários mais baixos da Câmara e estão sem aumento há quase cinco anos. Assim que tivermos condições orçamentárias, cuidaremos disso", afirmou Maia na quinta-feira. O presidente da Câmara, no entanto, disse não haver ainda previsão para esse reajuste. A Câmara dos Deputados tem cerca de 10,2 assessores de gabinete, conhecidos por secretários parlamentares. Uma das propostas em estudo é a de reajustar a verba em 25%, alcançando R$ 75 mil por mês. Atualmente, o maior salário de assessor de gabinete é de R$ 8.040,00, considerando as gratificações. Sem elas, a maior remuneração é de R$ 4.020,00. Além da verba para contratar assessores para os seus gabinetes, o parlamentar tem direito a uma cota mensal para gastar com despesas de seus escritórios políticos nos Estados, passagens aéreas, alimentação e demais gastos considerados para o exercício do mandato. Os deputados e os senadores têm o salário mensal de R$ 26,7 mil. Os parlamentares que não moram em apartamento funcional recebem auxílio-moradia no valor de R$ 3 mil. Cavendish. Ontem, no Rio, Maia não tratou do assunto. Em rápida entrevista, ele considerou inadequado o encontro de parlamentares integrantes da CPI do Cachoeira com o empresário Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, num restaurante em Paris, em abril. "Não é adequado a nenhum integrante da CPI se encontrar com qualquer pessoa que tenha tido envolvimento ou que esteja sendo investigado pela comissão", afirmou o presidente da Câmara. "Nós teremos que investigar. / COLABOROU ALFREDO JUNQUEIRA

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