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'Precisamos dialogar com o eleitorado do Bolsonaro', afirma Haddad

Candidato do PT afirma que tem espaço para crescer nas pesquisas de intenção de voto

Por Cristian Favaro
Atualização:

O candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, fez um aceno ao eleitorado do seu principal adversário, Jair Bolsonaro (PSL), e disse que o diálogo também deve se estender a esta fatia da população. "Nós precisamos dialogar também com o eleitorado do Bolsonaro. Pode estar faltando conversa, diálogo. Precisamos ter humildade", afirmou, durante entrevista concedida a blogueiros, nesta segunda-feira, 24. O petista apontou também espaço para crescer nas pesquisas diante de uma campanha ainda curta. "Sou candidato há 13 dias", disse. Haddad, entretanto, ponderou que nos próximos dias da corrida eleitoral "pode acontecer tudo. Para o bem e para o mal". As declarações do petista foram dadas antes da divulgação da nova pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, que aponta Bolsonaro com 28% das intenções de voto contra de 22% de Haddad.

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, e Manuela d'Ávila, vice na chapa petista, em ato de campanha no Rio de Janeiro Foto: Marcelo Sayão/EFE

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Após a divulgação da pesquisa, Haddad disse que sua campanha tem "muito trabalho" pela frente. "Temos 13 dias ainda", afirmou, ao chegar para evento com educadores, cientistas e intelectuais na capital paulista."

Além de sinalizar abertura para o eleitorado de Bolsonaro, Haddad mostrou disposição em reconstruir alianças, sobretudo com a sociedade, em um eventual novo mandato do PT no poder. "Não vamos resolver as coisas no dia 7 ou 28 de outubro. Às vezes eu vejo um candidato falando que se ele se eleger, vai sair forte. Isso não vai acontecer. O que vai acontecer é que quem ganhar vai ter de vir 'piando' conversar com as pessoas". O candidato voltou a enaltecer uma possível aliança com Ciro Gomes (PDT) no segundo turno. "Eu acho que nós vamos estar juntos. Só o fato de termos um representante de centro-esquerda no segundo turno é um avanço. Há dois anos eu achava que isso era impossível", disse Haddad. /COLABOROU MATHEUS FAGUNDES

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