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PPS já estuda desembarcar de aliança tucana

Em encontro nacional do fim de semana, partido discute possibilidades para o Planalto em 2014

Por Debora Bergamasco e BRASÍLIA
Atualização:

Em um ensaio de independência em relação aos tucanos, o PPS começa a indicar que pode não apoiar o PSDB nas eleições presidenciais de 2014 e que está à procura de um candidato ao qual aderir. Por ora, divide a preferência entre nome próprio ou apoio às eventuais candidaturas da ex-ministra Marina Silva (sem partido) ou do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O assunto, segundo relatou ao Estado o líder do partido na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), será discutido no encontro nacional da legenda, amanhã e depois. O deputado espera sair da reunião "com o planejamento estratégico para uma proposta nacional de candidatura própria". "Não sendo possível, vamos buscar uma alternativa fora do PT e do PSDB." Na avaliação de Bueno, apesar de os tucanos disporem de uma "história bonita", o partido já demonstrou nos três últimos pleitos nacionais que não expressa mais o desejo do eleitor. O PSDB, diz Bueno, "governou por duas vezes e não emplacou mais". "À partir daí - o mais grave -, não soube fazer oposição, deixando o espaço livre para o PT ficar no controle com seus aliados."Para Bueno, uma sigla que se preze deve lutar para mostrar sua cara. Assim, a ideia é trabalhar em torno dos nomes do presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), ou de Raul Jungmann, vereador do Recife. "Vamos esgotar essas possibilidades e, só então, buscar alternativas. Aí aparecem as figuras de Eduardo Campos, da Marina Silva e outros que porventura venham a se destacar."Para Freire, no entanto, "ainda é muito cedo" para adotar uma definição. "Quem imaginar que há algo mais ou menos definido está completamente equivocado", afirmou. O deputado aposta a crise econômica vai desgastar o governo até 2014.

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