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PP também anuncia neutralidade no segundo turno da eleição presidencial

Partido afirma que terá postura de 'absoluta isenção e neutralidade' e destaca que seja contribuir com o novo governo, sela ele de Jair Bolsonaro (PSL) ou de Fernando Haddad (PT)

Por Paulo Beraldo
Atualização:

Na mesma linha do Partido Novo, o PP informou na manhã desta terça-feira, 09, que não deve apoiar nenhum candidato no segundo turno dessas eleições 2018, a serem decididas pelos presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). O PP disse que terá postura de "absoluta isenção e neutralidade". "O eleitor quer tomar sua decisão sem que qualquer outro aspecto, que não os candidatos, sejam levados em consideração como critério de escolha", diz o documento. A sigla destaca ainda que deseja contribuir com o futuro governo - o partido elegeu 37 deputados federais e cinco senadores.

Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) vão disputar o segundo turno Foto: Adriano Machado e Rodolfo Buhrer/Reuters

Na segunda, o presidente do PDT, Carlos Lupi, disse que o partido deve anunciar o que está chamando de "apoio crítico" à candidatura de Fernando Haddad (PT), no segundo turno. No mesmo dia, a executiva nacional do PSOL oficializou apoio ao petista. O PSDB, o PPS e o PSB ainda terão reuniões entre terça e quarta para decidir qual posicionamento adotar. Com pouco mais de 2,7 milhões de votos, o candidato João Amoêdo, líder do Novo, ficou em quinto lugar na disputa presidencial, à frente de nomes como Marina Silva (Rede), Henrique Meirelles (MDB) e o senador Alvaro Dias (Podemos). Na segunda, em entrevista ao Estado, Amoêdo chegou a elogiar o economista Paulo Guedes, coordenador econômico da campanha do capitão reformado. “Ele tem algumas ideias que se assemelham ao que defendemos, como mais liberdade econômica e privatização de estatais”, afirmou. “O problema é que essas propostas vêm do assessor econômico. Bolsonaro, como deputado (o candidato está em seu sétimo mandato na Câmara), nunca foi um grande defensor dessas pautas", disse. No entanto, um dia depois, a sigla tomou a decisão de manter a neutralidade. "O cenário presidencial no segundo turno não é aquele que desejávamos. Manteremos nossa coerência e nossa contribuição se dará através da atuação de nossa bancada eleita", informa o documento. Nessas eleições, a sigla elegeu oito deputados federais, onze estaduais e um distrital.

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