03 de março de 2014 | 02h07
Segundo a acusação, Lorenzo foi detido pela polícia brasileira enquanto tentava chegar ao Rio a fim de poder voar para a Itália, onde vivia sua mãe, Maria Adelaide Gigli.
Estudante de Ciências Sociais, Lorenzo decidiu se exilar no México em 1976, viajando com sua mulher, Claudia Olga Romana Allegrini. Em 1979, o casal voltaria para a Argentina. Mas a perseguição continuaria e os dois optaram por buscar novo exílio. Desta vez, o destino seria a Itália, já que o militante tinha também nacionalidade italiana.
Lorenzo embarcou em Buenos Aires em um ônibus da empresa Pluma em direção ao Rio. Para não ser identificado, comprou a passagem em nome de Néstor Manuel Ayala.
Sua mulher faria o mesmo percurso um mês depois e o plano era que se encontrariam no Rio. Mas ela jamais o encontraria. Claudia começaria uma busca incansável por seu marido. Em Curitiba, a sede da empresa Pluma informou que ele de fato havia embarcado, mas que acabou sendo pego na fronteira. Com o governo brasileiro, a resposta oficial recebida por Claudia foi de que Lorenzo não fazia parte da lista dos desaparecidos. O general uruguaio Ivan Paulós foi indiciado por sua morte.
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