PMDB irá formalizar apoio ao DEM em Salvador

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Por Christiane Samarco
Atualização:

O PMDB do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, vai se juntar ao DEM baiano para derrotar o PT do governador Jaques Wagner, na briga pela prefeitura de Salvador. O DEM e o PR de Salvador anunciam, nas próximas 24 horas, apoio à reeleição do prefeito João Henrique Carneiro (PMDB), contra o petista Walter Pinheiro, que, por sua vez, já atraiu para sua campanha os tucanos e deve atrair o PSOL, que fazem oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no plano nacional. O próprio João Henrique preparou o terreno para receber o apoio da oposição, com uma campanha anti-PT no primeiro turno. Apesar de o segundo turno na quarta maior cidade brasileira se dar entre dois aliados do Palácio do Planalto, o enfrentamento entre o PMDB e o PT não é confortável para o governo federal. Correligionários do ministro e do governador entendem que a briga pelo comando de Salvador está antecipando o embate que Geddel e Wagner só travariam em 2010. A avaliação geral é de que o ministro tem, na reeleição do prefeito João Henrique, a chance de aumentar seu cacife para disputar o governo do Estado contra Wagner em 2010. O apoio do DEM e do PR está sendo disputado nos bastidores pelo ministro e pelo governador. Apesar da guerra histórica entre o PT e os carlistas, que buscaram a sobrevivência após a morte do líder Antonio Carlos Magalhães lançando o deputado ACM Neto na corrida municipal, Jaques Wagner não hesitou em procurá-los. Àquela altura, porém, Junior já havia sido procurado pelo prefeito e pelo ministro Geddel, que também tratou de contatar o senador César Borges (PR-BA), que preside o PR baiano e lidera um grupo que inclui seis deputados federais. O PR compôs chapa com ACM Neto, indicando o candidato a vice, e está disposto a manter a parceria no segundo turno, até por falta de alternativa. César Borges e ACM Júnior informaram hoje que ainda reuniriam seus grupos para acertar a posição final, mas com a ressalva de que tudo seria feito "o mais rápido possível", para que os dois partidos não acabassem atropelados pelos eleitores no processo. Em conversas reservadas, Borges têm se queixado do governo Wagner, que é "fechado", e do PT, "que só gostam de receber apoio, sem dar reciprocidade aos aliados".

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