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Pimentel quer relação comercial 'equilibrada' com americanos

Ministro afirmou que déficit preocupa governo e criticou demora em temas como barreiras sanitárias à carne do País

Por WASHINGTON
Atualização:

Pouco antes de assinar ontem o memorando de entendimento que reconheceu a cachaça como produto exclusivamente brasileiro, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, disse que o déficit brasileiro na relação com os Estados Unidos preocupa o governo. A balança desfavorável para o Brasil, hoje, atinge US$ 8,2 bilhões."O que nos preocupa é que o déficit brasileiro cresceu desde 2008 e hoje é significativo. O ideal de uma boa relação é que ela não seja superavitária para um país nem para outro. Que seja equilibrada", disse Pimentel.Segundo ele, o Brasil ainda enfrenta dificuldades nas negociações para a eliminação de barreiras sanitárias referentes às carnes bovina e de frango. "Não há nenhuma restrição legal, mas há uma demora muito grande nas decisões de algumas áreas", insistiu. Os problemas com o suco de laranja, segundo o ministro, foram superados, mas "não de forma totalmente satisfatória" para o Brasil. "De qualquer forma, isso não impede o crescimento de nossas exportações para os Estados Unidos", comentou ele.Pimentel minimizou o cancelamento da licitação para fornecimento de 20 aviões Super Tucano, da Embraer, para a Força Aérea americana. "É uma questão pontual, não há nenhuma restrição. Acho que não há problemas maiores", falou o ministro.Na sua avaliação, a visita da presidente Dilma Rousseff a Washington foi importante para "manter o fluxo de negociações e conversas" entre os dois países. "Tem muita carta de intenções e memorando de entendimento, mas é assim mesmo", avaliou o ministro.Acordos. O ministro Fernando Pimentel e o representante de comércio dos EUA, Ron Kirk, assinaram ontem um pacto por meio do qual a cachaça brasileira e o bourbon norte-americano são reconhecidos como "produtos distintos".Foram assinados, ainda, cinco memorandos de entendimento sobre parcerias em aviação, cooperação descentralizada - que facilita viagens de intercâmbio até entre prefeitos -, segurança alimentar e cooperação ambiental. / V.R. e D.C.M.

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