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PF vê propina de US$ 6,2 mi para Costa

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Por Redação
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A Polícia Federal (PF) localizou em arquivos digitais do engenheiro Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, evidências de pagamento de US$ 6,2 milhões em propinas, entre 2006 e 2010, por parte de uma empresa supostamente ligada à Maersk, gigante dinamarquesa que mantém contratos de locação de navios para a estatal petrolífera. Foram apreendidos 36 pen drives em que há planilhas, notas fiscais e contratos de gaveta.A revelação foi feita pela revista Época. Costa é alvo da Operação Lava Jato, investigação da PF sobre esquema de lavagem de dinheiro estimado em R$ 10 bilhões. Segundo a PF, o ex-executivo da Petrobrás associou-se ao doleiro Alberto Youssef na prática de crimes contra a administração pública - corrupção, peculato e fraudes a licitações. Ambos foram presos em março.Na semana passada, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltá-los, mas recuou com relação a Costa após ser alertado sobre o risco de ele fugir do País.A suspeita é de que Costa teria fechado "contrato secreto" com a Maersk usando como intermediário Wanderley Gandra e sua empresa, a Gandra Brokerage. "100% das receitas (da empresa de Gandra) tiveram origem na cobrança de comissões de 1,25% sobre afretamento de navios, indicando que a Gandra Brokerage foi criada somente para receber comissões", diz relatório da PF.

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