
02 de novembro de 2011 | 03h04
O ex-coordenador do MST era o único foragido da Operação Desfalque, realizada em junho pela PF. Santos e outras nove pessoas, entre elas José Rainha Júnior, dissidente do MST, são acusados de envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro público repassado pelo governo federal para a reforma agrária no Pontal. Santos foi transferido ontem para o Centro de Detenção Provisória de Caiuá.
Nesta sexta-feira, Santos deve ser ouvido pelo juiz titular da 5.ª Vara da Justiça Federal, em Presidente Prudente, Joaquim Eurípedes Alves Pinto. Assim como os outros acusados, ele responderá por seis crimes, entre eles formação de quadrilha e desvio de dinheiro público. "Ele (Santos) era uma das peças-chave do esquema, estávamos em seu encalço desde junho", disse o assessor da PF.
Desvio. Conforme o delegado que comandou a operação, Ronaldo de Góes Carrer, a organização pretendia desviar ao menos R$ 5 milhões para associações de assentados.
"O líder (Rainha) indicava as associações que receberiam o dinheiro. Também vendiam madeira ilegalmente e distribuíam cestas básicas entregues pelo Incra. O líder e seus comparsas repassavam as cestas, mas cobravam dos assentados", disse, na época.
Segundo informações da PF, uma parte do dinheiro, cerca de R$ 200 mil, chegou a ser desviada para ao menos seis associações de assentados da reforma agrária no Pontal ligadas à Rainha.
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