PF apura denúncia contra líder de pesquisa em Uberaba

Há suspeita de que Anderson Adauto do PMDB usou máquina pública a seu favor nessas eleições

Por Eduardo Kattah
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A Polícia Federal cumpriu na manhã desta sexta-feira, 26, mandados de busca e apreensão em uma autarquia e um órgão público municipal de Uberaba, no Triângulo Mineiro. A operação foi determinada pela Justiça Eleitoral a pedido do Ministério Público, para averiguar denúncia de que a máquina pública estaria sendo usada em favor do prefeito e candidato à reeleição, o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto (PMDB), líder nas pesquisas eleitorais da cidade divulgadas até o momento.    Veja também: Especial: Perfil dos candidatos  Ibope: Veja números das últimas pesquisas  Segundo o delegado Márcio Valério de Souza, as ações foram realizadas na Companhia de Desenvolvimento de Informática de Uberaba (Codiub) e no Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento do município (Codau), onde foram apreendidos HDs de computadores. "A denúncia continha possível recrutamento, aliciamento de eleitores via internet. A perícia é que vai dizer", afirmou. A assessoria do peemedebista negou uso da máquina administrativa na campanha. O assessor Márcio Gemmari disse que a ação da PF envolveu os computadores do presidente e vice-presidente da Codiub e do presidente e um funcionário do Codau. Autor do pedido, o promotor eleitoral Eduardo Pimentel informou que os mandados foram expedidos pelo juiz Habib Felipe Jabour. O promotor disse que não poderia fornecer detalhes da operação porque o juiz decretou segredo de Justiça. A coligação autora da representação contra Adauto não foi informada oficialmente. De acordo com o delegado, após ser periciado na cidade vizinha de Uberlândia, o material apreendido seria encaminhado para o próprio juiz eleitoral.

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