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Petistas devem manter força em área metropolitana

Partido enfrenta disputa acirrada para recuperar Santo André, governada hoje pelo PTB, e é favorito em Guarulhos e Mauá

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Foto do author Felipe Frazão
Por Felipe Frazão e Pedro da Rocha
Atualização:

Há hoje um candidato petista com chance de vitória em cada uma das quatro grandes cidades da Região Metropolitana de São Paulo que escolhem o prefeito neste 2.º turno: Santo André, Mauá, Diadema e Guarulhos. O PT caminha, assim, para manter a influência no entorno da capital paulista, sobretudo na região do Grande ABC, onde só teme perder em Diadema (mais informações abaixo). O foco do partido é retomar Santo André, prefeitura conquistada em 2008 pelo PTB de Aidan Ravin - que agora tenta a reeleição contra o deputado estadual Carlos Grana (PT).Santo André concentrou os esforços petistas tão logo o 1.º turno acabou, com a virada de Grana (42,85% dos votos válidos) à frente de Aidan (37,23%). O PT promoveu reuniões de militantes e vereadores com o mais influente prefeito da região, Luiz Marinho (PT), da vizinha São Bernardo do Campo. Reeleito no 1.º turno, Marinho cedeu estrutura de campanha para Grana, como cabos eleitorais.A gestão de Marinho virou, até mesmo, "caso de sucesso" usado por Grana como exemplo de comparação com a gestão de Aidan durante debates. De outro lado, o petebista enfatizou parcerias com o governo do Estado. Geraldo Alckmin (PSDB) foi até Santo André participar de ato com Aidan, por influência da relação próxima que tem com o presidente do PTB paulista, deputado estadual Campos Machado. Só com a reeleição de Aidan o PTB manterá poder na região - o partido perdeu a prefeitura de São Caetano do Sul. O PT, por sua vez, lançou às ruas seu maior cabo eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que percorreu bairros da cidade em caravana. Grana virou candidato do partido por influência direta de Lula.Grana conseguiu o apoio de dois candidatos derrotados no 1.º turno: Raimundo Salles (PDT) e Alexandre Flaquer (PRTB). No entanto, não costurou aliança com Nilson Bonome (PMDB), que apoiou Aidan. Bonome foi um dos principais secretários na gestão Aidan - ocupou a titularidade nas pastas de Saúde, Finanças e secretaria de Gabinete. A posição de Bonome contrariou o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e foi um dos acertos do partido com o PT que fracassaram na região.Duelo. Enquanto negociava apoio ao PT em São Paulo, o PMDB tentava evitar a presença de Lula no palanque de Donisete Braga (PT) em Mauá. Mas não conseguiu. Lula participou de ato em prol de Braga e prometeu intermediar recursos para uma gestão dele. Alckmin fez comício com Vanessa Damo (PMDB).Braga ultrapassou Vanessa nas últimas semanas do 1.º turno e venceu com 38,3% dos votos válidos (76 mil). Vanessa teve 33,9% (67 mil), diferença de apenas 9 mil eleitores. Terceiro colocado, Átila Jacomussi (PPS) ficou com Braga, apesar de parte do PPS, sigla de oposição no plano federal, estar com Vanessa - a quem também aderiu o quarto colocado, Irmão Ozelito (PTB). Debandada. Em Guarulhos, o prefeito Sebastião Almeida (PT) é favorito. Almeida avançou ao 2.º turno com 49,6% dos votos válidos (283 mil). A quase vitória fez com que o 'pacto da oposição', acordado no 1.º turno entre os partidos oposicionistas, fracassasse. Ele recebeu o apoio do terceiro colocado, Wagner Freitas (PP). O quinto, Alan Neto, do DEM (partido oposicionista ao PT no âmbito federal e da base de apoio de Alckmin), está ao lado do petista, assim como seu vice, Eduardo Kamei (PTB). O único candidato a declarar apoio a Carlos Roberto (PSDB) - que teve 29,3% dos votos (167 mil) -, foi o ex-prefeito Jovino Cândido (PV), quarto colocado. O verde divulgou documento em que declarou apoio ao "candidato da oposição".GRANDE SP

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