24 de maio de 2013 | 02h06
"Não acho justo que eles se voltem contra ela porque o partido da presidenta vai lançar um candidato. Não é assim que funciona, com a faca no pescoço", afirmou Lindbergh.
Em jantar com governadores do PMDB na casa do vice-presidente Michel Temer, na terça-feira, Cabral disse que não aceitará palanque duplo no Rio e lembrou a amizade que mantém com o tucano Aécio Neves, provável adversário de Dilma em 2014. "Por que tanto medo, tanta insegurança? Estão perdendo a linha, com ameaças, chantagens à presidenta, fábrica de dossiês. Eles querem impor um nome de cima para baixo. Não acho isso democrático. Querem tirar o nome que está na frente deles (nas pesquisas)", protestou Lindbergh.
O senador rejeitou o argumento de Cabral de que o PT deve manter a aliança com o PMDB no Rio em reciprocidade ao apoio dos peemedebistas a Dilma. "Se teve alguém que ajudou esse Estado foi a Dilma. E também o ex-presidente Lula. Em todo o Brasil haverá vários palanques para a presidenta e em nenhum lugar está se falando como ele (Cabral) fala", disse.
Lindbergh vinha evitando responder a Cabral, em atenção a um pedido de Lula para que fosse "moderado" no discurso. Ontem, porém, decidiu reagir.
Embora tenha adotado um tom mais ameno, Cabral voltou a atacar ontem a ideia de palanque duplo, que disse ser "esquizofrênico". "Tenho certeza de que vamos chegar a bom termo, que teremos um palanque único para o governo do Estado e um palanque único para presidente da República, porque é esquizofrênico ter dois palanques. Isso não acaba bem. Como a presidenta Dilma vai vir ao Rio em um palanque de alguém que está fazendo críticas a meu governo?" , disse Cabral, na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro.
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