PUBLICIDADE

Paulistano duvida de honestidade dos políticos

PUBLICIDADE

Por Jair Stangler
Atualização:

Às vésperas da campanha eleitoral, uma pesquisa Ibope encomendada pela Rede Nossa São Paulo revelou, ontem, que a imagem dos políticos e da administração paulistana continua ruim - e que, se pudessem, 56% dos pesquisados iriam embora da cidade. Dando notas de zero a 10, os 1.512 consultados deram 2,9 para a honestidade dos políticos e 3,5 para a transparência. Além disso, 64% dizem desconfiar da Prefeitura, 69% da Câmara e 63% do Tribunal de Contas do Município.A divulgação dos Indicadores de Referência de Bem Estar do Município (Irbem) teve a presença de três pré-candidatos à sucessão do prefeito Gilberto Kassab - Gabriel Chalita (PMDB), Netinho de Paula (PC do B) e Soninha Francine (PPS), além de outros líderes partidários. As notas baixas pautaram os breves discursos dos convidados, mas só Chalita fez críticas diretas à administração Kassab. Ele disse "sentir vergonha" da nota concedida aos políticos, que se deve "à ideia de que o político mente, pois diz uma coisa e faz outra". Em seguida, criticou a aproximação entre o prefeito e o PT: "Acho estranho que o Kassab se oferece ao PT, ao PSDB. Num primeiro momento o PT diz que não quer , depois diz que vai pensar. Esses elementos fazem com que a população desconfie da classe política". Maurício Costa, presidente do PSOL, concluiu que os políticos "estão absolutamente desacreditados". E Netinho de Paula disse lamentar que eles "não consigam atrair a população para debater o orçamento". Segurança. Segundo o Irbem, a cidade foi considerada "nada segura" por 35% dos pesquisados - eram 24% em 2010. Das 25 áreas da capital, 19 tiveram notas abaixo da média, que foi 5,5. A oferta de acessibilidade para pessoas com deficiência não passou de 3,9, o combate à desigualdade social teve 4,0.Houve pequenas melhoras, mas com índices ainda ruins, para os principais serviços públicos. Por exemplo, 52 dias em média para conseguir consultas, 65 para exames e 22 minutos de media para esperar ônibus.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.