Candidato a vice-prefeito de Carlos Giannazi (PSOL), Edmilson Costa (PCB), defendeu nesta quinta-feira, 6, a candidatura de sua chapa, a Frente de Esquerda, como um instrumento "pedagógico" para construir "uma nova forma de fazer política". Como exemplos da política atual, que ele se opõe, citou a administração de Gilberto Kassab (PSD) por ter um "viés autoritário" e descreveu o atual líder nas intenções de votos, Celso Russomanno (PRB), como um "Collor do século 21", em referência ao ex-presidente que sofreu impeachment em 1992, Fernando Collor de Mello."Ele (Russomanno) aparece do nada sustentado pelas organizações religiosas e busca fazer o discurso do bom moço, do diferente, quando, na verdade, tem uma trajetória de votar com os partidos da ordem no Congresso", afirmou, referindo-se à época que Russomanno era deputado federal. As declarações foram dadas durante a série Entrevistas Estadão.Como instrumentos de combate, Costa defendeu o financiamento público das campanhas eleitorais pois, para ele, impediria a influência de grupos empresariais na administração política. "O setor empresarial financia os políticos e depois eles cobram a conta através de licitações." Além disso, o candidato pregou a ética na política e a maior participação popular.Costa criticou a proposta de Bilhete Único Mensal, do petista Fernando Haddad, alegando que o projeto não vai ao fundo da questão, que é o preço e a capilaridade dos sistemas de transporte. "Nossa proposta é ir aos poucos reduzindo (o valor) das passagens até chegar na tarifa zero e construir corredores, veículos leves sobre trilhos e metrôs."