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Para candidato do PSOL, PM age com excesso de violência

Gilberto Maringoni, que concorre ao governo de São Paulo, defende direito de manifestação e papel "mais cívico" da polícia 

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Por Redação
Atualização:
Ativista político desde 1977, Gilberto Maringoni, de 55 anos, é professor universitário Foto: Alex Silva/Estadão

O candidato do PSOL ao governo do Estado, Gilberto Maringoni, defendeu que a atuação da Polícia Militar seja revisto. Terceiro convidado da série Entrevistas Estadão, da qual participam os principais candidatos ao Palácio dos Bandeirantes, Maringoni classificou como "exacerbada" a resposta da PM em manifestações e defendeu a desmilitarização da corporação.

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"Toda sociedade precisa de polícia. A polícia paulista age com um grau exacerbado de violência", afirmou. Apoiador das mobilizações e manifestações de rua, Maringoni reconheceu haver situações em que manifestantes provocam os policiais, mas sugeriu que eles respondam com "mais civilidade" nesses casos.

Na avaliação do candidato, é preciso avançar no debate da desmilitarização. "O principal questão é unificar as polícias [Civil e Militar], embora elas tenham papéis constitucionais distintos. A polícia precisa ter um comportamento diferente. A principal característica da desmilitarização é a polícia ter um papel mais cívico. Afirmo novamente que a polícia é necessária para uma sociedade democrática", afirmou.

Questionado sobre suas propostas para melhorar a segurança pública, Maringoni afirmou ser necessário investir no serviço de inteligência policial e tornar o policiamento preventivo mais efetivo. "[Precisa] Fortalecer o lado científico da polícia e que seja uma polícia dissuasória. E diminuir a violência da polícia nas áreas periféricas e nas manifestações. Agora não existe uma fórmula para resolver o problema. Existe uma cultura de violência que não está só na polícia, mas em uma parcela da sociedade que precisa ser dissuadida", argumentou.

Ativista político desde 1977, Gilberto Maringoni, de 55 anos, é professor universitário. Tem graduação em arquitetura e doutorado em História Social. Escreveu doze livros, foi editor da revista Desafios do Desenvolvimento - publicação do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) - entre 2011 e 2012, além do pesquisador do instituto entre 2008 e 2011.

A série de entrevistas com os candidatos a governador de São Paulo foi iniciada nessa segunda-feira, 4, com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que concorre à reeleição. Nessa terça, o candidato do PV, Gilberto Natalini, foi o entrevistado.

Próximas entrevistas. Na quinta, 7, o convidado é Alexandre Padilha (PT). Paulo Skaf (PMDB) encerra a série na sexta-feira, 8. Todas as entrevistas serão às 16 horas e transmitidas ao vivo pelo portal estadão.com.br e pelo canal do jornal no YouTube. Nas próximas semanas, candidatos a presidente, a vice e ao Senado também serão entrevistados. Os internautas podem enviar perguntas pelas redes sociais usando a hashtag #EntrevistasEstadao./Colaborou Gustavo Zucchi

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