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Para Bruno Covas, eleitor paulista precisa 'lembrar quem é Geraldo Alckmin'

Patinando nas pesquisas eleitorais, o presidenciável enfrenta dificuldades para decolar em seu próprio Estado

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Por Daniel Weterman
Atualização:

Escolhido pelo ex-governador Geraldo Alckmin para coordenar a campanha presidencial do tucano em São Paulo nas eleições 2018, o prefeito da capital paulista, Bruno Covas, disse nesta quarta-feira, 11, que, para vencer as eleições 2018, será preciso "lembrar" ao eleitor "quem é" o pré-candidato do PSDB a presidente.

Para Bruno Covas, o eleitor está manifestando voto em pré-candidatos como Bolsonaro e Marina por estar "contaminado por um sentimento de revolta com os políticos". Foto: Nilton Fukuda / Estadão

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Patinando nas pesquisas eleitorais, o presidenciável enfrenta dificuldades para decolar em seu próprio Estado. Em sondagem divulgada pelo Ibope no fim de junho, Alckmin aparece com 15% de intenções de voto entre eleitores paulistas, empatado tecnicamente com o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que tinha 17%, e com a ex-ministra Marina Silva (Rede), que registrou 13% da preferência do eleitorado em São Paulo.

"Nós vamos, a partir de um determinado momento, quando a legislação permitir ir para a rua, mostrar, lembrar à população quem é Geraldo Alckmin, o que ele já fez no Estado de São Paulo e o que ele vai fazer no Brasil", disse o prefeito tucano, após visitar uma unidade de atendimento a crianças e adolescentes na zona norte da capital paulista.

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Para Bruno Covas, que foi anunciado na terça-feira, 10, como coordenador da campanha de Alckmin no Estado, o eleitor está manifestando voto em pré-candidatos como Bolsonaro e Marina por estar "contaminado por um sentimento de revolta com os políticos". "Nada melhor do que você transformar essa raiva, esse sentimento de mudança, em um voto no que é melhor para o País. Não adianta ter raiva dos políticos, alguém vai ser eleito", declarou.

A escolha de Covas para a função é um passo de Alckmin para minimizar o desgaste com o palanque duplo no Estado, já que o ex-prefeito João Doria (PSDB) e o atual governador, Márcio França (PSB), que foi vice do ex-governador, estão na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. "A minha escolha como coordenador da campanha aqui no Estado demonstra exatamente que ele vai ter um palanque único ao lado do candidato João Doria para governador", disse o prefeito. Para reforçar a campanha, o PSDB vai escolher coordenadores regionais que terão a missão de fazer o nome de Alckmin decolar no Estado.

Centrão 

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Fazendo um aceno ao DEM e aos partidos do chamado 'centrão', Bruno Covas disse que essas legendas não podem ceder a "interesses menores" na decisão sobre quem apoiar na corrida ao Planalto. O bloco sinaliza que pode apoiar Ciro Gomes (PDT) na disputa presidencial, embora alguns setores das legendas defendam uma aliança com o PSDB.

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O prefeito demonstrou otimismo com uma decisão do 'centrão' favorável a Alckmin até o período das convenções, entre 20 de julho e 5 de agosto. "Tenho certeza que esses partidos não vão levar interesses menores e palanques regionais à frente do que é o melhor projeto para o País", afirmou. 

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