PUBLICIDADE

Paes busca se afastar da imagem de aliado de Cabral em debate no Rio

'Eu respondo pelo meu CPF, por aquilo que fiz. Não tive nenhuma interferência de Cabral ou Pezão', disse o candidato do DEM

PUBLICIDADE

Por Roberta Pennafort
Atualização:

RIO - Ex-prefeito do Rio de Janeiro, o candidato do DEM ao governo do Estado nas eleições 2018, Eduardo Paes, afirmou no debate da Band nesta quinta-feira, 16, que irá fortalecer sistemas de controle para combater a corrupção, e procurou se afastar da imagem de aliado do ex-governador Sergio Cabral (MDB), preso desde novembro de 2016 sob a acusação de receber propinas. Anthony Garotinho (PRP) e Tarcisio Motta (PSOL) tentaram o associar Paes a Cabral em suas falas.

"Eu respondo pelo meu CPF, por aquilo que fiz. Tenho muito orgulho do que foi feito em oito anos. Não tive nenhuma interferência de Cabral ou (do atual governador e sucessor de Cabral Luiz Fernando) Pezão. Meu governo será muito diferente do que está aí", afirmou Paes, que era do MDB. "É só acusação, não faz sentido."

Ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes Foto: Fabio Motta/Estadão

PUBLICIDADE

Chamando gestões anteriores de "governos mafiosos que levaram o Rio para o buraco", Tarcisio disse que Paes "é cria do Cabral". "Você saiu do MDB, mas o MDB não saiu de você. Você tem até apelido na lista da Lava Jato, é 'o Nervosinho'. Queremos acabar com o toma lá, dá cá".

Antes, Garotinho acusou Paes e seus parentes de enriquecimento ilícito e apontou que "ele anda com quem bate em mulher", em alusão a seu antigo aliado Pedro Paulo Carvalho, acusado de agredir a ex-mulher. Lembrou também que Alexandre Pinto, secretário de Obras de Paes, responde a ações penais da Lava Jato. 

Para se defender, Paes apostou no discurso da experiência na gestão pública. "O Estado passa por uma crise muito grave, que não admite amadorismo", declarou, ao fim do debate. "Vou me incomodar com um ex-presidiário? Já estamos quase no fim da campanha."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.