Atualizada às 15h21 - SÃO PAULO - São Paulo teve um fim de semana de convenções em que a tônica foi "mudança". No sábado, 14, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, falou numa "ventania por mudança", tentando fustigar a presidente Dilma Rousseff e o PT, partido que está há 12 anos no governo federal.
Já neste domingo, 15, foi a vez do pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, o ex-ministro Alexandre Padilha, pedir mudança, mas no Estado de São Paulo, governado pelos tucanos há 20 anos. "Em minhas veias corre o sangue paulista, o sangue daqueles que não se acomodam. Eu não sou conformista. Mudança não é para os acomodados", discursou Padilha, na convenção que confirmou seu nome na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.
No único momento em que saiu do script do discurso preparado para a convenção que confirmou seu nome ao governo paulista, o petista Alexandre padilha rebateu as declarações da véspera do presidenciável tucano, Aécio Neves, segundo as quais "um tsunami" vai varrer o PT do governo federal.
"Eles falam em tsunami, mas de água o PSDB não entende. O tsunami deles não leva água sequer para a casa do povo paulista" afirmou Padilha na convenção realizada na capital paulista.
Influentes políticos do PT paulista tentaram minimizar a ausência da presidente Dilma Rousseff no lançamento oficial da candidatura do ex-ministro Alexandre Padilha ao governo de São Paulo, nesta manhã, 15, na capital paulista. Eles trataram com naturalidade o cancelamento da presença de Dilma por conta de questões de agenda e disseram que isso em nada atrapalha a campanha do candidato petista.
O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, disse que o partido não pode ficar dependente da presença da presidente em razão do número de compromissos da chefe do Executivo federal. "Se o PT depender da presença da presidente em todos os eventos o partido está lascado. O País é grande e ela é uma só", afirmou, ao chegar no Ginásio da Portuguesa, onde o ato de oficialização da candidatura de Padilha ocorrerá.
O líder do PT na Câmara, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, deu declarações na mesma linha. "Acho importante a Dilma estar presente em todas as convenções estaduais, mas às vezes isso é impossível", disse. Ele afirmou que a militância não vê problemas na ausência de Dilma. "Estamos mais apaixonados por ela depois que ela foi hostilizada com palavrões", completou.
Antonio Mentor, deputado estadual do PT, disse que a falta de Dilma no ato em nada atrapalha a militância do partido no Estado. "A maior virtude do partido é a mobilização. É isso que abala positivamente a campanha", afirmou.