28 de janeiro de 2012 | 03h05
"Direito de viajar ele tem. O que não pode é deixar um poder acéfalo. No Legislativo não existem férias, existe recesso porque a qualquer momento pode acontecer um chamado e tem de ter alguém para atender", afirmou Chico Alencar, para quem "isso só acontece porque o Legislativo virou uma sucursal do Executivo".
Rubens Bueno, por sua vez, sugere que Maia não tenha conhecimento sobre a importância do cargo que ocupa. "Será que ele não sabe a importância do cargo que exerce? Será que imagina estar presidindo ainda o sindicato do seu Estado? A Câmara é um Poder da República, não pode ficar abandonada", disse.
Maia deve voltar na segunda-feira. A deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), primeira vice-presidente da Casa, foi avisada pelo Estado anteontem da viagem de Maia e ficou revoltada. "Estou pasma", reagiu a peemedebista. Ela entrou em contato com o gabinete de Maia e somente após a reclamação da deputada o comunicado foi feito. A assessoria do presidente disse ter acontecido apenas uma "falha administrativa".
O regimento interno da Câmara determina que quando o presidente se ausentar por 48 horas ele deve repassar o cargo ao primeiro-vice. O Código de Ética, por sua vez, afirma que os deputados têm de cumprir normas internas sob pena de responder a processo por quebra de decoro no Conselho de Ética.
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