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Onyx Lorenzoni: 'Temos de separar Previdência da assistência social, isso é unanimidade'

Para o deputado federal e futuro ministro Chefe da Casa Civil, a reforma da Previdência ainda terá de durar um prazo longo e, portanto, maior do que a PEC sobre o tema que tramita no Congresso atualmente

Por Elizabeth Lopes e Karla Spotorno (Broadcast)
Atualização:

A futura reforma da Previdência irá separar as despesas com benefícios previdenciários e com assistência social. Além disso, terá de durar um prazo longo e, portanto, maior do que a PEC da Previdência que tramita no Congresso. A previsão é do deputado federal e futuro ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Ele deu entrevistas às rádios CBN e Eldorado nesta manhã. "Temos de separar Previdência da Assistência Social, isso é unanimidade", afirmou. 

O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), cotado para chefiar a Casa Civil, encontra eleitores ao chegar à casa de Bolsonaro na Barra da Tijuca,no Rio, após a vitória de Jair Bolsonaro Foto: Fábio Motta/Estadão

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Onyx relatou que não houve nenhuma tratativa para usar proposta da reforma da Previdência do governo Michel Temer. A possibilidade é defendida pela equipe econômica do governo do emedebista, como o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida. O deputado federal criticou a baixa durabilidade da reforma que tramita na Câmara dos Deputados. "Não se pode olhar caixa de curto prazo, como na proposta de Temer", disse o futuro chefe da Casa Civil, afirmando que fala apenas em seu nome. "Defendo reforma Previdência que se faça de uma única vez. O atual governo propôs apenas um remendo, mas a reforma tem de ser de longo prazo", disse. 

Sobre o PIB brasileiro, Onyx afirmou que o "crescimento econômico voltará num ciclo diferente dos últimos 20 anos". "Vamos mudar a relação que tínhamos com ditadores e de expressões comunistas", disse. O futuro ministro afirmou que o governo Bolsonaro vai buscar se relacionar mais com Chile, EUA, Canadá, Coreia do Sul, entre outras nações "que conseguiram dar prosperidade para o seu povo". Ele também relatou que os caminhoneiros terão atenção, respeito e valorização no futuro governo, referindo-se à greve que parou o País no fim do primeiro semestre e prejudicou a produção e o consumo. 

Onyx confirmou que o candidato do PT à Presidência da República, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, não ligou para parabenizar Bolsonaro pela eleição. Ele também afirmou que, em seu discurso, o presidente eleito referiu-se a todos eleitores do petista e, inclusive, ao adversário ao dizer falar sobre a diversidade do Brasil e de que vai guiar o governo para o bem de todos cidadãos. Bolsonaro fez o discurso da vitória e não citou o nome do adversário. A declaração do presidente eleito foi antes do pronunciamento de Haddad, que também não citou o adversário. 

"Não tenho dúvidas, que em seu discurso, Bolsonaro fez convite para todos", afirmou o deputado federal, acrescentando que "para que o Brasil ganhou a Copa do Mundo". O deputado gaúcho disse que, olhando da janela do hotel onde está hospedado na Barra da Tijuca, observa que o País "amanheceu verde e amarelo". Ao responder à pergunta sobre a decisão de Haddad de não parabenizar Bolsonaro em seu pronunciamento, Onyx afirmou: "o que a gente encontra do lado dos derrotados é ódio, raiva". 

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