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Okamotto pede maior mobilização em defesa da liberdade de Lula

Presidente do Instituo Lula diz que defensores do ex-presidente precisam falar para além do público já 'convertido'

Foto do author Daniel  Weterman
Por Daniel Weterman e Ricardo Galhardo
Atualização:
Manifestantes na sede da PF, em Curitiba, onde Lula está preso Foto: JF DIÓRIO/ESTADÃO

O presidente do Instituo Lula, Paulo Okamotto, admitiu dificuldades para mobilizar militantes em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado na Lava Jato e preso em Curitiba desde o dia 7 de abril. Segundo Okamotto, o alto índice de intenção de votos de Lula nas pesquisas não se traduz em mobilizações populares pela liberdade do ex-presidente. Para ele, os defensores do ex-presidente precisam falar para além do público já "convertido".

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"O nosso desafio agora é usar toda nossa inteligência, todo nosso conhecimento, para ver como é que a gente consegue, nesse momento político, convencer mais gente que não está aqui", disse Okamaotto, em evento que reuniu petistas e aliados na capital paulista na noite desta segunda-feira, 14. "Só vamos conseguir mudar de verdade esse País, fazer com que o presidente Lula seja livre, se a gente conseguir mobilizar milhões e milhões de brasileiros", completou.

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Okamotto reconheceu que ainda não sabe qual estratégia precisa ser adotada para atrair uma mobilização maior em defesa do petista. "Como fazer isso eu não sei, mas com a ajuda de todos vocês nós vamos conseguir encontrar um caminho e certamente teremos Lula livre, se Deus quiser, ajudando o povo brasileiro", declarou.

Em conversa com jornalistas após o discurso, o presidente do Instituto Lula reforçou que é preciso organizar eventos, passeatas e comícios. "Acho que precisamos transformar a expectativa que as pessoas têm em uma vitória do Lula numa atitude já."

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Outros palestrantes no evento falaram na mesma linha. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que coordena o programa de governo do ex-presidente, citou que há um "momento de desmobilização" da militância, mas que isso é passageiro e que não há chance de outro projeto sair vencedor nas eleições. O jornalista Gilberto Maringoni, por sua vez, afirmou que as intenções de voto de Lula não estão se transformando em mobilização a favor do petista.

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