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Objetivo é aliança para 2014, afirma Rui Falcão

PT buscará apoio do PSD do prefeito Kassab, partido que inicia processo interno para criação de 'programa próprio'

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Por Redação
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O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse ontem que o partido buscará o apoio do PSD para a reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014. Os dois partidos estiveram juntos em disputas deste ano e devem se aproximar ainda mais com a possível indicação de Kassab para um ministério."Queremos que o PSD esteja também na aliança nacional em 2014", afirmou Falcão.Kassab e seus aliados trabalham com discrição para aderir ao governo federal do PT. Especula-se que o prefeito possa assumir ou indicar um aliado para o Ministério dos Transportes no início do ano que vem.Menos de 24 horas depois do fechamento das urnas das eleições municipais, Kassab reuniu um grupo de economistas e cientistas políticos para dar início à criação de um projeto político para o PSD. Segundo aliados do prefeito, o texto servirá de base para formatar o alinhamento da sigla com o governo federal.O debate sobre o plano político do PSD começou ontem à tarde, na sede do partido na capital paulista. Entre os nomes que vão redigir o texto estão o economista Roberto Macedo, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, e o cientista político Rubens Figueiredo. "Estamos formando um projeto de nação para que o Kassab faça as costuras políticas do partido", explica o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, presidente da fundação que dá suporte ao PSD.SP. Ex-integrante do DEM, Kassab afasta-se cada vez mais dos partidos de oposição ao PT. Em São Paulo, o prefeito apoiou a candidatura de José Serra (PSDB), mas sua derrota deve romper os elos do PSD com os tucanos no Estado, liderados pelo governador Geraldo Alckmin."Com Serra, assumimos um compromisso e fomos até o fim, mas agora o partido tem de tomar seu próprio rumo", diz Afif.O vice-governador, que era secretário de Alckmin e foi demitido quando o PSD foi criado, não descarta a possibilidade de negociação com tucanos. "A conversa recomeça agora. Uma coisa é a conversa federal e outra coisa é a conversa estadual", diz. / DAIENE CARDOSO e BRUNO BOGHOSSIAN

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