'O único adversário é o atual governo', diz Padilha

Um dia após perder o apoio do PP à sua chapa, candidato do PT ao governo de São Paulo afirma que sua sigla é a única capaz de promover 'mudança de verdade' no Estado

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Por José Roberto Castro e Valmar Hupsel Filho
Atualização:

 São Paulo - O candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, afirmou nesta terça-feira, 1, não estar surpreso com a decisão do PP de abandonar sua candidatura no último dia do prazo legal para a formação das coligações. 

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O ex-ministro da Saúde se esforçou ainda em colocar a chapa petista como a única capaz de promover uma “mudança de verdade” no Estado e disse que as forças políticas em São Paulo se dividiram em três campos diferentes: "Quem governa há 20 anos (PSDB), quem governou 20 anos antes (numa referência a PMDB e PP) e a única que vai governar o Estado pela primeira vez, que somos nós (PT)". 

Segundo o candidato petista, o esforço da campanha vai ser deixar clara a polarização com o governo do PSDB no Estado. Padilha chegou a dizer que a bateria dos tucanos acabou e que as coligações no Estado mostram que nunca foi tão forte a possibilidade de derrota do PSDB. “O único adversário é o atual governo do Estado”, disse Padilha.

A fala de Padilha ocorre um dia após o PP em São Paulo, presidido pelo deputado federal Paulo Maluf, oficializar seu apoio à chapa do PMDB no Estado. Há cerca de um mês, Maluf chegou a anunciar publicamente que estaria com Padilha na campanha ao governo paulista. 

Ao falar da formação da chapa, Padilha enfatizou o papel de seu vice, Nivaldo Santana, que tem um histórico ligado à Sabesp. "Nesta coligação água não vai faltar", disse, numa referência ao problema de falta d'água enfrentado pelo Estado atualmente.

Discurso afinado. Presente no encontro, o senador candidato à reeleição Eduardo Suplicy foi na mesma direção do líder da chapa petista ao minimizar a ausência de última hora do partido de Paulo Maluf. Para Suplicy, a candidatura de Padilha dialoga bem com movimentos populares sem a presença do PP. “A coligação, como foi formada, enfatiza mais claramente a característica de candidatura progressista do PT (em São Paulo)”, afirmou o senador.

O candidato ao Senado negou que tenha faltado apoio de Lula no momento da oficialização dos partidos aliados. Para Suplicy, Lula foi e será muito importante na candidatura do ex-ministro da Saúde. 

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A chapa completa do PT é formada por Alexandre Padilha e Nivaldo Santana (PCdoB), como candidatos a governador e vice. Os dois suplentes de Eduardo Suplicy são José Tadeu Candelária (PR) e Rozane Sena.

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