PUBLICIDADE

'O radicalismo não é caminho, é descaminho', diz Geraldo Alckmin 

Em evento no Paraná, pré-candidato do PSDB minimizou resultado da pesquisa Ibope: 'nenhuma mudança'

Por Katna Baran
Atualização:

CURITIBA - O pré-candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta quinta-feira, 28, que é preciso unir as candidaturas “fora dos extremos” nas eleições 2018. Ele participou do lançamento do plano de agricultura de suas propostas de governo, em Cascavel, no oeste do Paraná. Depois, Alckmin seguiu para Maringá, no norte, onde também apresentou as diretrizes do seu plano agrícola.

O tucano minimizou o resultado da pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira, que o coloca em quarto lugar, num cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: Dida Sampaio/Estadão

PUBLICIDADE

“Há dez candidatos fora dos extremos, até porque o extremismo, o radicalismo, não é caminho, isso é descaminho. Temos dez e precisa unir um pouco. É necessário defender uma convergência democrática e reformista”, declarou em evento direcionado a prefeitos da região, ao lado do ex-governador e pré-candidato ao Senado no Paraná, Beto Richa (PSDB) - que nesta semana se tornou réu na Justiça Federal por suposto uso ilegal de verbas da saúde.

O tucano minimizou o resultado da pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira, que o coloca em quarto lugar, num cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - condenado e preso pela Operação Lava Jato - com 6% das intenções de votos. "Não tem nenhuma mudança em relação às pesquisas anteriores. No nosso caso, caiu a rejeição, uma coisa boa, ninguém praticamente saiu do lugar e a campanha só começa depois do horário do rádio e da televisão. Hoje ninguém nem sabe ainda quem vai ser candidato”, declarou. Ele tem o quatro maior índice de rejeição, com 22%, segundo a pesquisa. 

++ Alckmin diz que não há chance de o PSDB trocar nome ao Planalto: 'Isso não existe'

Em relação à primeira posição mantida pelo ex-presidente Lula (PT) na pesquisa, ele destacou que já derrotou o petista no Paraná, em 2006, quando obteve 53% dos votos no Estado contra 38%. “Já enfrentei o Lula e aliás ganhei aqui no Paraná com uma larga margem, só que era o Lula todo-poderoso, de reeleição, presidente da República. Acho difícil que ele seja candidato. Quem for o candidato do PT é nosso concorrente, vamos trabalhar para vencer”, disse.

Em relação a possível indicação de Aldo Rebelo (Solidariedade) na sua chapa como vice, Alckmin desconversou e afirmou que o nome “não vai ser decidido agora e não tem convite para ninguém”. O ex-governador paulista elogiou ainda a pré-candidatura do apresentador Datena (DEM) ao Senado na chapa de João Dória (PSDB) em São Paulo. “Ele é um grande comunicador, tem credibilidade, e pode ter uma votação gigante”, declarou.

++ Alckmin nega irritação com tucanos por falta de apoio à pré-candidatura

Publicidade

O tucano disse ainda que as alianças só vão ser fechadas no final de julho, com as convenções partidárias, e que só o PSDB possui cinco legendas já aliadas na chapa de concorrência ao Planalto. "Ninguém tem hoje dois partidos, nenhum candidato à presidente, nós já temos 5 partidos importantes", afirmou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.