O novo cenário e a imagem de quem cobiça o eleitorado

Com os três protagonistas de volta à rua após a morte de Campos, Dilma, Marina e Aécio expõem as estratégias para conquistar votos

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Por Redação
Atualização:

A trágica morte de Eduardo Campos no dia 13 de agosto reconfigurou a disputa presidencial, colocando no páreo Marina Silva, uma candidata competitiva, e obrigou as campanhas petista e tucana a reavaliarem suas estratégias. A construção da imagem dos candidatos, porém, já vem sendo trabalhada há anos e continua sendo a base de apresentação feita aos eleitores nos programas de TV, iniciados na terça-feira da semana passada.

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Temos a gerentona dura e enérgica que é capaz de tomar decisões com firmeza, mas também cozinhar no Palácio do Planalto em momentos de descontração. A mulher de aparência frágil e destino forte que foi ungida por uma “providência divina” para entrar na disputa presidencial. O político mineiro conciliador que pregava o pós-Lula e assumiu a veste de antídoto ao modo petista de governar.

O Estado levantou informações com as campanhas e organizou fatos para tentar mostrar com qual feição político-eleitoral chegam até aqui os principais concorrentes ao Palácio do Planalto.

Candidata à reeleição, Dilma era a “boa gestora”, mas nos últimos três anos e meio essa imagem se desgastou diante dos problemas administrativos e políticos e de índices baixos de crescimento do PIB e preocupantes no controle da inflação. Na atual disputa, mais “humanizada”, a ex-mãe do PAC assumiu a condição de presidente que vai divulgar a “verdade” sobre o seu governo e vencer o “pessimismo” dos adversários.

Depois de conquistar quase 20 milhões de votos em 2010 e não conseguir o registro de seu partido, a Rede Sustentabilidade, Marina Silva assumiu a candidatura do PSB centrada na ideia de romper com a polarização entre PT e PSDB e afastar do governo a “velha política”. A tragédia que abateu Campos deve reforçar o aspecto religioso da ex-ministra do Meio Ambiente.

Aécio, por sua vez, procura reiterar a imagem de que representa a real oposição ao PT e ao governo Dilma. O ex-governador mineiro, que flertou com petistas durante seu mandato e mantinha uma relação de aliado com Lula, é agora o mais duro crítico do PT, mas sempre tomando o cuidado de preservar o ex-presidente e seu “legado” social.

Ontem, pela primeira vez, os três favoritos na disputa foram às ruas simultaneamente para colocar à prova essas imagens. Após o trauma do acidente aéreo, a corrida começa para valer.

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