'O governador privilegiou a continuidade de uma gestão'

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Por Redação
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O novo procurador-geral do Ministério Público de São Paulo, Márcio Elias Rosa, afirma que o governador Geraldo Alckmin o escolheu por representar a "continuidade de uma gestão política". Ele nega que a instituição tenha ficado abalada após sua nomeação.O MP ficará dividido?Não creio nessa possibilidade. A nomeação pelo governador apenas encerra o processo eleitoral e inicia uma nova gestão. Essa ocorrência é comum em outros Estados.O procedimento de escolha do chefe do MP deve ser mantido?O sistema talvez possa ser aperfeiçoado, evoluindo-se para o voto uninominal, e não plurinominal. Seria uma inovação interessante para apurar aquele que tem, eventualmente, maior representatividade política.O fato de ser o candidato de situação o favoreceu?O governador tomou uma decisão que privilegiou a continuidade de uma gestão política que teve início há quatro anos no Ministério Público. A escolha do meu nome não significa demérito e nem reprovação dos que não foram nomeados.O sr. concorda com a concessão de auxílio-alimentação a procuradores e promotores?Tenho certeza que essa discussão não interferiu no resultado da eleição. Nós teremos que avaliar a possibilidade e as medidas de legalidade necessárias para eventual implantação.Que mudanças o sr. defende em relação à atual gestão?Meu programa foi baseado na ideia de continuidade com aperfeiçoamentos. Podemos melhorar a interlocução com a sociedade civil e com a imprensa. Podemos criar instrumentos de apoio às áreas criminal e de políticas públicas.O sr. propõe desburocratizar o MP. Hoje a instituição é lenta?O Ministério Público de São Paulo está passando por um processo de modernização estrutural, que promove alterações significativas das rotinas. Acho que a grande atenção do gestor deve ser para que nunca a rotina se transforme em entrave para um bom funcionamento das promotorias.O sr. pretende manter a discrição dos trabalhos do MP e evitar a superexposição na imprensa?A exposição pública do MP é indispensável para informar e prestar contas. Ela nunca deve ser baseada no culto às pessoas, ou voltada para a espetacularização. O MP não deve criar fatos jornalísticos. / B.B.

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