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No Twitter, Dilma rebate Aécio e diz que quer acabar com a 'Futebrax'

Presidente compara crítica de tucano - que acusou o governo de tentar criar uma 'Futebrás' - à antiga sugestão de mudar o nome da Petrobrás para Petrobrax durante gestão de Fernando Henrique Cardoso

Por Tania Monteiro
Atualização:

BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff usou seu Twitter pessoal na manhã deste sábado, 12, para rebater as críticas da oposição e defender sua proposta de reestruturação do futebol nacional. "Os que queriam transformar a Petrobrás em Petrobrax, desvirtuam, agora, nossa posição de apoiar a renovação do nosso futebol", disse Dilma, em uma de suas sete postagens. "O Brasil não quer criar a "Futebrás". Quer, sim, acabar com a Futebrax e deixar de ser um mero exportador de talentos", reiterou a presidente, respondendo ao candidato do PSDB, Aécio Neves, que afirmou que o governo quer criar a "Futebrás". "O governo não quer comandar o futebol, pois ele não pode, nem deve ser estatal. Queremos ajudar a modernizá-lo. Contem conosco para isso", disse Dilma. Na opinião da presidente, "o futebol, que é atividade privada, precisa ter as melhores práticas da gestão privada, nas áreas comercial, financeira e futebolística". Em outra postagem em seu microblog, Dilma destaca que "somos uma das maiores economias do mundo e podemos ser uma das maiores bilheterias do futebol". E emendou: "temos um imenso talento e amor pelo futebol. Temos agora os melhores estádios. Com renovação, teremos sempre o melhor futebol do mundo". 

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Na opinião da presidente, "as oportunidades devem ir das divisões de base ao nível profissional. Só assim garantiremos que jogadores de excelência fiquem no Brasil". Ela completou: "devemos ampliar oportunidades para nossos craques jogarem no Brasil, dando a eles as mesmas condições do mercado internacional".

A presidente está em Brasília, no Palácio da Alvorada, onde assiste a disputa pelo terceiro lugar da seleção brasileira contra a Holanda, depois do vexame de sete a um, contra a Alemanha, no Mineirão. Dilma não vai ao estádio Mané Garrincha, na capital federal, onde será realizado o jogo. O ministro chefe da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, anunciou que irá ao estádio, prestigiar os jogadores.

Um dia depois da derrota para a Alemanha, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, defendeu uma "intervenção indireta" no futebol. A proposta foi muito criticada por vários setores, inclusive a oposição e o ministro recuou nas suas declarações, dizendo que o governo "não vai fazer nenhuma intervenção". 

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