No Rio, Aécio volta a criticar Dilma e Marina

Estagnado em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, candidato do PSDB condena 'intervencionismo' de presidente e 'falta de governabilidade' de ex-minsitra

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Por Idiana Tomazelli e Filipe Werneck
Atualização:

Atualizado às 12h32

O candidato à Presidência da Répública pelo PSDB, Aécio Neves, durante campanha no Rio de Janeiro Foto: Felipe Dana/AP

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Rio - O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, afirmou nesta manhã que nenhuma outra candidatura tem condições de governar o Brasil como a dele. Citando termos como credibilidade, transparência e confiabilidade, ele criticou o "intervencionismo" do governo de Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, e a "falta de governabilidade" da candidata do PSB, Marina Silva. O tucano segue estagnado nas pesquisas de intenção de voto em terceiro lugar.

"O intervencionismo é a marca principal do atual governo", disse Aécio, listando o setor elétrico como um dos maiores exemplos. "Nosso governo será de previsibilidade, política fiscal transparente. Nossa intenção é fazer voltar os investimentos a taxas de 23% a 24% (do Produto Interno Bruto, o PIB), que é o que dá pra fazer em quatro anos", disse o candidato, que visitou nesta manhã o Mercadão de Madureira, na zona norte do Rio.

Após uma chegada tumultuada, o candidato concedeu a entrevista em um espaço reservado da Rádio do Mercadão, ao lado de Francisco Dornelles (PP), candidato a vice-governador na chapa de Luiz Fernando Pezão, que tenta a reeleição, e também acompanhado por Índio da Costa, candidato a deputado federal pelo PSD.

Aécio ainda aproveitou para alfinetar Dilma. O tucano afirmou que já sinalizou quem será seu futuro ministro da Fazenda, o economista Armínio Fraga, numa atitude de transparência. "O máximo que Dilma fez é anunciar quem deve ser seu ex-ministro (referindo-se a Guido Mantega, atual ministro da Fazenda)", disse. Ele ainda disse que o atual governo deixa como legado "um mar de obras inacabadas e com sobrepreço".

Em relação à Marina, Aécio afirmou que a candidata pessebista "não atingiu governabilidade", enquanto o PSDB tem quadros "qualificados". A crítica indireta foi para as declarações de Marina, de que gostaria de "governar com os melhores", independentemente de partido. "Ela fica buscando tentando enxergar no terreno do vizinho o fruto mais vistoso para compor seu pomar", fraseou Aécio.

Impostos. O candidato tucano também afirmou em entrevista coletiva à imprensa que seu governo se comprometerá com a simplificação do sistema tributário, especialmente em relação a micros e pequenas empresas. Segundo o candidato tucano, são elas as que mais geram empregos.

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"Meu compromisso é com simplificação do sistema tributário, facilitando a vida de quem empreende", disse Aécio. De acordo com ele, um projeto nesse sentido será apresentado ao Congresso Nacional na primeira semana de seu governo, caso eleito. O tucano ainda explicou que pretende focar na simplificação de impostos indiretos, priorizando a taxação do valor agregado.

Em um discurso voltado à economia, Aécio falou em desburocratizar as empresas brasileiras, para que os empreendedores se sintam estimulados a fazer investimentos. O tucano também disse que seu governo não permitirá um avanço intenso de preços. "Teremos tolerância zero com inflação, que infelizmente este governo permitiu que voltasse", afirmou. 

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