PUBLICIDADE

No rádio, Marta acusa Kassab de se apropriar do PAC

PUBLICIDADE

Foto do author Bianca Lima
Por Bianca Lima
Atualização:

A candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PT), aproveitou o horário eleitoral do rádio de hoje para acusar o prefeito e candidato à reeleição Gilberto Kassab (DEM) de se apropriar das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Depois de pegar obras do Serra e do Alckmin, com quem está brigado, e dizer que são suas, agora o prefeito está fazendo o mesmo com as obras do governo federal", afirma o locutor. Segundo o programa da ex-ministra, Kassab estaria assumindo a autoria de projetos de habitação e urbanização na capital paulista que integram o programa federal. "Fique ligado, vem mais cascata por aí", ironiza o narrador, referindo-se ao prefeito. Marta também afirmou que o trânsito e o transporte público são quadros críticos da cidade e o problema só será resolvido com a ampliação do Metrô. A candidata voltou a colar sua imagem na do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que sua proposta para o Metrô já foi aprovada por Lula. A petista também lembrou do bilhete único, instituído durante a sua gestão, e ressaltou a sua "sabedoria de mãe e sensibilidade de mulher", prometendo a construção de novas creches na zona oeste. Kassab não deixou por menos e voltou a atacar a petista, afirmando que seria possível preencher um grande livro com todas as promessas da ex-prefeita e que ela demoraria 20 anos para cumpri-las. O prefeito também rebateu o argumento de Marta de que pegou a prefeitura quebrada da gestão anterior e por isso não pôde realizar mais obras. "A prefeitura só tem dinheiro agora porque o Serra e o Kassab mudaram o jeito de administrar", afirma o locutor, que cita ainda o fim da taxa do lixo e o uso do dinheiro público com planejamento. Durante o programa, o prefeito destacou ainda a sua "coragem" para fechar lojas que funcionavam sem alvará e postos que vendiam gasolina adulterada. O candidato da coligação "São Paulo, na Melhor Direção" (PSDB-PTB-PHS-PSL-PSDC), Geraldo Alckmin, manteve um programa sem ataques a adversários e destacou suas propostas para o trânsito, o desemprego e a saúde. O ex-governador prometeu a construção de cinco laboratórios de análises clínicas e disse que a saúde será prioridade em seu governo. Alckmin também propôs mais escolas técnicas para qualificar jovens para o mercado de trabalho e disse que irá priorizar os bairros mais afastados da capital. Sobre o trânsito, afirmou que investirá no transporte coletivo de melhor qualidade e construirá corredores de ônibus mais modernos. Paulo Maluf, candidato do PP, propôs a volta do Plano de Atendimento à Saúde (PAS), que no seu governo oferecia "ambulância, helicóptero e medicamentos" à população. O candidato também prometeu tratamento odontológico gratuito. Já a candidata do PPS, Soninha Francine, afirmou que é preciso melhorar a integração entre todos os meios de transporte. Livre escolha O candidato Edmilson Costa afirmou que a cidade foi privatizada para dar lucro às empresas de ônibus e às multinacionais dos automóveis. A primeira medida que ele adotará, se eleito, será municipalizar o transporte público de São Paulo e reduzir o preço das passagens de ônibus até atingir a tarifa zero. Já Levy Fidélix, do PRTB, voltou a afirmar que criará um banco central municipal, o Banco Poupança. Ivan Valente, da coligação "Alternativa de Esquerda para São Paulo" (PSOL-PSTU), usou um jingle durante o seu horário eleitoral em que chama a população a participar de sua campanha e da vida política. "Onde vai Valente, vou para a linha de frente", diz a música. Já Renato Reichman (PMN) falou sobre as más condições de trabalho e transporte dos motoristas e passageiros de ônibus. Disse ainda que as rotas são muito rentáveis às empresas e não as melhores para a população. Ciro Moura, candidato da coligação "Tostão contra o Milhão" (PTC-PTdoB), disse ser formado pela "boa escola pública", que não dava diploma a analfabetos. Como meio de melhorar a educação, ele propôs a escola de livre escolha, na qual o aluno escolhe a instituição particular em que quer estudar e a prefeitura paga a mensalidade. Com o dinheiro que seria usado para realizar obras, a prefeitura pagaria a conta.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.