No rádio, campanha do PT chama Kassab de 'papagaio'

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Por Bianca Lima
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A candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, aproveitou o horário eleitoral do rádio de hoje para criticar o adversário Gilberto Kassab (DEM), chamando-o de "papagaio", já que copiaria as suas propostas. "Kassab não é tucano, mas é papagaio", ironizou o locutor. A implantação de cursos técnicos nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) e a isenção do Imposto Sobre Serviços (ISS), segundo a petista, são projetos seus que foram imitados pelo prefeito e candidato à reeleição. "Até proposta do Ivan Valente ele anda copiando", afirmou o apresentador, referindo-se à tarifa zero de ônibus, citada por Kassab durante debate essa semana. Marta também utilizou o programa para rebater as críticas à sua promessa de implantar internet gratuita em toda a cidade. "Falavam contra o Bilhete Único e nós fizemos. Falavam contra o CEU e nós fizemos", ressaltou a ex-prefeita. Segundo ela, o custo do projeto será de R$ 64 milhões em quatro anos, "podendo ser financiado pelo governo federal". Geraldo Alckmin (PSDB) permaneceu atacando os principais adversários, porém de forma menos incisiva. "A Marta fez os CEUs, e isso foi bom. Mas ela deixou a saúde de lado. Kassab também tem pontos positivos, como o Cidade Limpa, mas ele ficou devendo muito na questão da educação e da saúde", afirmou Alckmin no horário eleitoral. Segundo o tucano, bom prefeito é aquele que deixa a "vaidade de lado", dá continuidade às coisas que deram certo em outras administrações e corrige o que não funciona direito. O tucano também aproveitou para colar sua imagem na do ex-governador Mário Covas. "Meu jeito de governar é diferente e aprendi com o saudoso e querido Mário Covas, em quem sempre me espelhei", disse o tucano. Já Kassab manteve os ataques a Marta e continuou ignorando Alckmin. No horário do rádio, o candidato do DEM disse que o programa de internet grátis da Marta é inviável devido ao custo e voltou a prometer que não vai elevar o preço da tarifa de ônibus em 2009. Ciro Moura (PTC) também fez duras críticas ao projeto de internet grátis da Marta, que "levaria no mínimo oito anos para ser implantado". Paulo Maluf (PP) pediu votos para ir ao segundo turno, quando acredita que terá mais tempo para "provar que fez mais". Soninha Francine (PPS) defendeu o fomento da cultura na periferia, enquanto Ivan Valente (PSOL) afirmou que lutará contra a privatização da saúde. Renato Reichmann (PMN) defendeu a meia passagem do ônibus durante todo o ano para os estudantes. Levy Fidélix (PRTB) insistiu na construção do aerotrem, já Edmilson Costa (PCB) defendeu a luta pelo socialismo no Brasil. Anaí Caproni (PCO) pediu a "devolução de toda a propriedade pública entregue a particulares e o fim dos subsídios às empresas que tomaram conta da saúde".

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