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'Não se pode tolerar qualquer forma de autoritarismo', diz Marina sobre ação contra Bolsonaro

A Rede entrou com representação contra o candidato do PSL sobre "vantagens eleitorais" obtidas por ele com a invasão da página "Mulheres Unidas contra Bolsonaro"

Por Filipe Strazzer
Atualização:

PORTO ALEGRE - A candidata à Presidência pela Rede nas eleições 2018, Marina Silva, pediu investigação e “punição rigorosa” em ação contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) acerca de "vantagens eleitorais" obtidas por ele com a invasão da página "Mulheres Unidas contra Bolsonaro”. Em visita a Porto Alegre neste sábado, 22, Marina afirmou que “numa democracia não se pode tolerar qualquer forma de autoritarismo invadindo e coibindo a liberdade de expressão das mulheres”.

Marina e a coligação Rede-PV entraram neste sábado com ação de investigação judicial eleitoral contra Bolsonaro, seu vice, Hamilton Mourão (PRTB), e a coligação PSL-PRTB para apurar vantagens e “denúncia de abuso dos meios de comunicação e do poder político no ataque cibernético contra as participantes do grupo ‘Mulheres Unidas contra Bolsonaro’”, segundo nota da sigla. “Entramos com uma ação para que seja feita uma investigação e aqueles que participaram desse ato criminoso e autoritário possam ser rigorosamente punidos”, disse Marina Silva. Nessa semana, o PSOL já havia entrado com ação para que se investigasse a ligação do candidato do PSL com a invasão da página.

Marina Silva, candidata da Rede à Presidência Foto: Sebastião Moreira/EFE

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Na nota, a Rede informa que também pediu investigação contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) em razão de manifestações nas redes sociais que ele fez e que, na interpretação da sigla, “deixaram claro a intenção de obter vantagem eleitoral em favor de seu pai”. Na ação, a coligação de Marina afirma que “Bolsonaro se beneficiou da invasão cibernética, uma vez que foram excluídas as mensagens que lhe teciam críticas, alterando-as para outras que eram elogiosas”.

A candidata também comentou a decisão da Rede de expulsar do partido o candidato da sigla ao governo de Pernambuco, Julio Lossio, por seu apoio a Bolsonaro. Ela chamou a decisão da Rede de “coerente” e disse que ela e o partido não fazem escolhas “puramente eleitorais”. “Não é porque estamos numa eleição que nós vamos fugir dos nossos princípios. Somos um partido coerente e programático”, afirmou Marina.

Na capital gaúcha, Marina Silva visitou o comércio do bairro Jardim Leopoldina, na Zona Norte da cidade. Ela tirou fotos com apoiadores, conversou com alguns comerciantes e caminhou pela região. Depois, a candidata foi à região central da cidade e andou pela Orla Moacyr Scliar, ponto turístico de Porto Alegre. Lá, ela cumprimentou eleitores, tirou fotos e, seu vice, Eduardo Jorge (PV), andou de bicicleta. Marina estava acompanhada de Eduardo Jorge e de candidatos a deputado federal e estadual da Rede e do PV no Rio Grande do Sul.

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