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'Não deixei o PT. Foi o PT que me deixou', diz Erundina

No primeiro dia de campanha à Prefeitura de São Paulo, candidata do PSOL afirmou que 'princípios e valores  petistas continuam valendo na minha prática política'

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Por Pedro Venceslau
Atualização:

A deputada Luiza Erundina, candidata do PSOL à Prefeitura de São Paulo, disse nesta terça-feira, 16, durante seu primeiro evento oficial de campanha, na região central da cidade, que não renega seu passado petista.

“Não nego meu passado. Não deixei o PT, foi o PT que me deixou. Os princípios e valores  petistas continuam valendo na minha prática política. O PSOL reproduz o que foi o PT há 30 anos. Não tenho do que me envergonhar”.

A candidata do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Luiza Erundina Foto: Helvio Romero|Estadão

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Prefeita de São Paulo entre 1989 e 1992 pelo PT, ela deixou a sigla em 1997 por divergências com a legenda. A frase foi uma resposta ao candidato do PSDB, João Doria, que na manhã desta terça afirmou que Marta Suplicy, hoje no PMDB, e Erundina não podem “esquecer do passado” petista.

A deputada inaugurou a campanha levantando como bandeira sua participação nos debates na TV e acabou protagonizando uma cena inusitada. A passseata do PSOL foi marcada no mesmo local e horário de outra do PSDB com a partcipação de Doria.

Os dois grupos caminharam juntos, em lados opostos da calçada, entre a Praça do Patriarca e o Theatro Municipal.  “Eles não têm coragem de enfrentar a opinião pública, que está contra essa censura. É a primeira desde que se vive a democracia no País que se censura uma candidata”, disse ela.

“O PSDB permitiu a participação do Psol nos debates em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, mas  João Doria vetou aqui. É possível uma liminar para a participação da Luiza na Band, que será antes do julgamento no STF, dia 24”, disse o deputado Ivan Valente, candidato a vice ma chapa.

O PSOL entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) no STF para tentar viabilizar a participação de Erundina.

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A deputada disse, ainda, que o prefeito Fernando Haddad e Celso Russamanno dizem em público que apoiam a participação dela nos debates, mas os assessores dela agem no sentido contrário. O primeiro acontecerá próxima segunda-feira, 22, na Band, sem a participação dela.

A passeata terminou na Praça da República, em frente à Secretaria de Educação de São Paulo.