
09 de setembro de 2014 | 15h09
São Paulo - A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, voltou a dedicar parte do horário eleitoral nesta terça-feira, 9, para questionar a gestão da Petrobrás no governo Dilma Rousseff. Após seu vice, Beto Albuquerque, afirmar no rádio que a petista transformava a estatal em "caso de polícia", Marina disse na propaganda da TV que a Petrobrás "ainda tem jeito".
A candidata não fez referências diretas às denúncias recentes de corrupção feitas pelo ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, em depoimento à Justiça, mas disse que o atual governo foi o responsável pela perda de "metade do valor" da Petrobrás. "No atual governo, a Petrobrás perdeu metade do seu valor e aumentou quatro vezes a sua dívida. Mas ainda tem jeito. Gerenciar sem influência política, valorizar os técnicos e funcionários, refazer o plano estratégico, formar uma diretoria com pessoas respeitáveis. Precisamos recuperar a Petrobrás para os brasileiros", afirmou Marina.
No programa de rádio transmitido na manhã desta terça, foi Beto Albuquerque quem assumiu os ataques, ao rebater as propagandas petistas de que o PSB seria contrário ao pré-sal. "Quem põe em perigo o pré-sal é o governo atual, transformando a Petrobrás em caso de polícia", disse o vice.
No fim de semana, a revista Veja publicou trechos de depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa à Polícia Federal em que apresentou nomes de políticos beneficiados por um suposto esquema de pagamento de propina sobre contratos da estatal. Entre os citados estão o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE). O PSB rebate a acusação contra o ex-governador.
Em seu programa, a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, falou sobre investimentos em educação. Já a propaganda do candidato do PSDB, Aécio Neves, que no rádio comparou as denúncias contra a estatal ao esquema do mensalão, falou sobre segurança pública. O candidato voltou a defender punição mais dura a menores infratores e disse que o governo federal precisa assumir a responsabilidade no combate à violência. "Uma das minhas maiores críticas ao governo da presidente Dilma é que ela sempre procura uma desculpa ou um culpado para justificar aquilo que ela não resolveu", afirmou Aécio. / Colaborou Flavia Guerra
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