Na TV, Kassab usa imagem de tucanos e rebate Alckmin

Por CAROLINA FREITAS
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O prefeito de São Paulo e candidato do DEM à reeleição, Gilberto Kassab, usou pela segunda vez o horário eleitoral gratuito para rebater críticas de Geraldo Alckmin, do PSDB, sobre seu passado político. Mostrando fotos ao lado de lideranças tucanas - o ex-governador Mário Covas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador José Serra -, Kassab sustentou na propaganda desta segunda-feira à noite ter "respeito político" e "coerência". "Kassab apoiou até Geraldo para governador e para presidente", afirmou o apresentador. O programa de Kassab atribui as críticas de Alckmin à ascensão do candidato do DEM nas pesquisas de intenção de voto. "Isso é coisa que não se faz com um prefeito sério", censurou o apresentador. Alckmin, em entrevistas e em propagandas na TV, acusou Kassab de incoerência por ter apoiado políticos como Paulo Maluf (PP) e Celso Pitta e agora tentar colar sua imagem à do PSDB. A candidata do PT, Marta Suplicy, aproveitou cenas de um comício realizado no último fim de semana com Luiz Inácio Lula da Silva para tentar mais uma vez colar sua imagem à do presidente e transformar a popularidade de Lula em votos na eleição municipal. "Ajude aquele baianinho que está dirigindo o Brasil elegendo essa extraordinária companheira", pede Lula no comício. O presidente acusou os adversários de Marta de copiarem os projetos do PT. "Entre original e cópia, o povo prefere o original." Alckmin reprisou o programa da tarde, em que alfinetou Kassab, dizendo que o democrata ficou "devendo muito na educação e saúde" e deixou crianças fora da creche. "Isso é imperdoável." O candidato estreou hoje um novo jingle, em que pede que o povo o compare com os outros candidatos - em recado direto a quem o acha parecido com Kassab. "Se você comparar, só ele é assim. Se você comparar, você vai acertar", diz a música. Ciro Moura, do PTC, fez duras críticas a Marta, a quem acusou de deixar a cidade abandonada quando foi prefeita. "Ela faz e fala o que quer, depois pede desculpas", disse Moura. Paulo Maluf, do PP, pediu votos para ir ao 2º turno, quando acredita que terá mais tempo para "provar que fez mais". Soninha Francine, do PPS, defendeu o fortalecimento dos conselhos de educação, a qualificação de professores e a promoção de uma cultura de paz a partir das escolas. Ivan Valente, do PSOL, prometeu, se eleito, povoar os imóveis vazios do Centro e diminuir as diferenças sociais de habitação. Renato Reichmann, do PMN, defendeu a criação de emprego nos bairros para melhorar as condições de vida na periferia. Levy Fidelix, do PRTB, criticou a atual gestão pelo "caos no trânsito, saúde e educação". Edmilson Costa, do PCB, defendeu a nacionalização do petróleo. Anaí Caproni, do PCO, perdeu seu tempo no horário eleitoral por causa de um direito de resposta concedido pela Justiça a Kassab. A campanha do candidato do DEM aproveitou o espaço para explicar que Anaí ofendera a honra de Kassab.

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