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Miguel Jorge diz achar 'difícil' que Marta vença eleição

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Por Tania Monteiro
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse que considera "bastante difícil" que a ex-prefeita Marta Suplicy, candidata petista à Prefeitura de São Paulo, consiga reverter os atuais dados das pesquisas e vença as eleições para o Executivo Municipal. "Será uma eleição difícil para a companheira Marta", previu o ministro. Ele disse que concorda com as declarações do assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, de que Marta Suplicy "pode até ganhar as eleições, mas é muito difícil." Ao fazer a avaliação de que Marta dificilmente conseguirá dar uma virada, Jorge disse analisar a pesquisa "com muita frieza" e verificar que 70% dos eleitores de Alckmin teriam se deslocado para o Kassab. "Como você tem um pequeno número de votos nulos e em branco e como, depois de uma semana, a (nova) pesquisa confirma a pesquisa anterior, e como a eleição está próxima, você não consegue perceber de onde é que sairiam os votos para reduzir a diferença de maneira substancial", afirmou o ministro. E completou: "Portanto, é possível (uma vitória de Marta), porque tudo em eleição é possível, você pode ter um efeito de última hora, como já aconteceu em situações anteriores. Mas eu concordo com o professor Marco Aurélio e acho bastante difícil (uma vitória de Marta). Vai ser uma eleição difícil para a companheira Marta." Para Miguel Jorge, a postura da equipe de campanha de Marta Suplicy ao questionar a vida pessoal do adversário, o atual prefeito Gilberto Kassab (DEM), provocou uma reação que está sendo considerada uma discriminação, mas não teve influência na mais recente pesquisa Ibope, na qual Kassab mantém uma vantagem de 12 pontos porcentuais em relação à adversária. O ministro comentou que "parece estar provado" que a parte do programa do PT que sugeria ao eleitor procurar saber se Kassab é casado e se tem filhos ou não, "mesmo sob o argumento de que é preciso conhecer a vida do candidato, não beneficia a ninguém". Miguel Jorge, lembrando que esse tipo de propaganda já foi retirado do ar pelo PT, disse que teria sido preferível o partido colocar para o eleitor a necessidade de conhecer a vida do candidato.

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