CAMPINAS - Considerado inelegível até 2024 pela Câmara Municipal, o ex-prefeito de Campinas, no interior de São Paulo, Hélio de Oliveira Santos (PDT) tenta concorrer ao cargo mais uma vez neste ano. Dr. Hélio, como é conhecido, foi cassado em agosto de 2011, no seu segundo mandato, após denúncias de corrupção envolvendo contratos públicos. Diante de sua situação na Justiça Eleitoral, o candidato diz que, caso vença a disputa, vai tentar assumir o posto, mesmo sub júdice, ou seja, esperando a decisão da Justiça.
Dr. Hélio foi cassado após denúncias de um esquema de corrupção na Sanasa, autarquia que cuida dos serviços de água e esgoto no Município. Segundo promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE), lobistas pagavam propinas a políticos e funcionários públicos vencer licitações. Neste caso, havia a combinação de preços entre concorrentes para superfaturamento dos valores. Depois, dividia-se os lucros entre as empresas e membros do governo municipal. Para o MPE, o esquema teria causado prejuízos de R$ 615 milhões aos cofres públicos.
A ex-primeira dama e ex-chefe de Gabinete da gestão, Rosely Nassim Jorge Santos, chegou a ser condenada a 20 anos de prisão, em dezembro de 2015, acusada de comandar a ação. O MPE havia pedido 450 anos de pena pelos crimes de formação de quadrilha, fraude em licitação e corrupção, mas Rosely recorreu da sentença.
Dr. Hélio diz que foi apenas “omisso” em relação às acusações, principalmente da Sanasa, e que não cometeu nenhum crime – apesar da sua esposa, segunda pessoa em importância no seu governo, ter sido denunciada e condenada.