
30 de agosto de 2013 | 02h11
No julgamento de ontem, ao rejeitar integralmente o recurso, Celso de Mello usou seu voto para novamente apontar Dirceu como chefe do esquema de compra de votos no Congresso. "Este processo deixou plenamente configurada a posição eminente deste condenado na estrutura de poder, numa estrutura de poder que na verdade concebeu, idealizou, comandou, fez executar ou praticou ações criminosas voltadas à permanência de determinado grupo no poder, de uma estrutura criminosa voltada à manipulação fraudulenta das instituições, notadamente do Congresso Nacional", disse o ministro.
A pena imposta a Dirceu, 10 anos e 10 meses de prisão, na opinião do ministro, foi baixa e o tribunal teria sido benevolente com ele. O ministro afirmou que, se o tribunal mantivesse sua jurisprudência, as penas para cada um dos atos de corrupção deveriam ser somadas separadamente. Isso multiplicaria a pena imposta pela Corte. O tribunal decidiu, inclusive com o voto de Mello, juntar os crimes, definir uma pena e aumentá-la em razão das várias ocorrências. Ao final, Dirceu foi condenado a 7 anos e 11 meses pelos crimes de corrupção ativa e a 2 anos e 11 meses por formação de quadrilha.
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