Matarazzo diz que polarização PT e PSDB será inevitável

Pré-candidato afirma que prévias terão 'impacto positivo' e que Haddad abre espaço para 'nomes novos' em outras siglas

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Por Redação
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A desistência da senadora Marta Suplicy de concorrer pela terceira vez à Prefeitura de São Paulo em nome de uma unidade no PT não foi suficiente para diminuir a confiança do secretário estadual de Cultura, Andrea Matarazzo, de que o PSDB caminha no sentido inverso - o das prévias.Pré-candidato declarado, Matarazzo avalia que a saída de Marta e a consequente entrada do ministro Fernando Haddad (Educação) na disputa eleitoral do ano que vem forçará uma polarização entre petistas e tucanos e abrirá espaço para "nomes novos" também em outras siglas. "O PT deverá polarizar com o PSDB. A saída da senadora Marta Suplicy muda para um candidato novo também para a cidade de São Paulo, desconhecido na cidade de São Paulo. O cenário deve se repetir como nos anos anteriores. Eu me vejo obviamente como futuro candidato do PSDB em uma disputa que a qualidade de gestão do PSDB deve ganhar a eleição", diz ele, em entrevista à TV Estadão.Antes de obter o direito de concorrer, no entanto, ele terá de enfrentar os colegas tucanos José Aníbal (secretário de Energia), Bruno Covas (secretário do Meio Ambiente) e Ricardo Trípoli (deputado federal) nas primárias. Há também a possibilidade de o ex-governador José Serra entrar na corrida.A consulta ao partido está marcada para janeiro. "Prévias tem impacto positivo porque é um aquecimento para as eleições. Mobiliza e faz com que os filiados participem."Dentro do PSDB, Matarazzo é historicamente identificado como sendo um dos integrantes do grupo ligado a Serra. Por conta disso, caso o ex-governador decida concorrer, é provável que ele retire sua pré-candidatura.No entanto, segundo interlocutores tucanos ligado a Serra é cada vez menor a possibilidade de ele disputar a Prefeitura.Coligações. Segundo Matarazzo, o PSDB trabalha para formar uma ampla aliança eleitoral. "Tem o aliado histórico que é o DEM. Tem o PP, que participa do governo, o PPS e outros partidos e, sem dúvida, no cenário atual deve-se buscar aliança com o PSD (partido fundado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab)."Também em entrevista à TV Estadão nesta semana, o secretário Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Social) confirmou que seu DEM está aberto à uma aliança com o PSDB, ainda que ele próprio seja pré-candidato a prefeito.Com o PSD, porém, o cenário não é tão favorável. Kassab tem dito que gostaria de ver um nome do PSDB como vice de um candidato do PSD, hipóteses que os tucanos, entre eles Matarazzo, rejeitam.O governador Geraldo Alckmin, único com poder de impor um nome ao PSDB diz que respeitará a decisão da sigla se ela for pelas prévias.

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