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Marta e Doria dizem que não vão subir tarifa

Tucano e candidata do PMDB prometem manter política do subsídio da atual gestão

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Por Adriana Ferraz
Atualização:
Candidatos Marta, do PMDB, e Doria, do PSDB, se cumprimentam no debate Foto: Werther | ESTADÃO CONTEÚDO

Em uma disputa direta por uma vaga no segundo turno, os candidatos Marta Suplicy (PMDB) e João Doria (PSDB) afirmaram neste domingo, 25, no debate promovido pela TV Gazeta, 'Estado' e Twitter, que não vão aumentar a tarifa de ônibus caso sejam eleitos. Em São Paulo, o preço da passagem é de R$ 3,80, valor custeado por meio de uma política de subsídio que consome R$ 2 bilhões por ano do orçamento municipal.

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Em posição de empate técnico na última pesquisa Ibope, Marta e Doria não explicaram se pretendem congelar a tarifa pelos quatro anos de governo ou apenas em 2017. Também não deixaram claro como conseguirão verba orçamentária para ampliar o subsídio. Os R$ 2 bilhões já gastos representam cerca da metade da capacidade de investimento da Prefeitura.

“Não vou aumentar tarifas, mas também não vou tirar o que foi conquistado. Passe livre é uma conquista, o direito do idoso também é uma conquista, não vamos mexer. Vamos ter que criar outra oportunidades para a Prefeitura bancar tudo isso”, disse Marta, que prometeu ainda concluir a licitação do transporte público, em processo há três anos, e reduzir o tempo de espera entre os ônibus.

“A Prefeitura tem que pensar no trabalhador, tem que pensar nas pessoas que estão se beneficiando com o subsídio, é exatamente isso, para cuidar de quem tem menos, cuidar de quem mais precisa.”

Doria afirmou que vai manter o subsídio. “É um programa social que é importante, que seja mantido nas condições que se encontra. Não faremos nenhum tipo de alteração nas tarifas de ônibus. Vamos procurar integrar ainda mais o serviço do Município, com os ônibus, com o serviço do Estado, com os trens”, disse.

Ao também ser questionado sobre transporte público, Celso Russomanno (PRB) não entrou na discussão sobre tarifa, mas falou em aumentar o número de micro-ônibus usados em linhas dentro de bairros.

Uber. Principal crítico da regulamentação feita pela gestão Fernando Haddad (PT) para serviços de transporte privado de passageiros como o Uber, Russomanno voltou a dizer que não vai acabar com o aplicativo, caso eleito.

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“Eu não sou contra o Uber, eu sou contra que o motorista trabalhe horas por dia sem dinheiro ou descanso, ou de uma empresa de aplicativos levar 25% do motorista. Quem ganha nesse processo com a quantidade imensa de carros é apenas a empresa. Cadê os direitos trabalhistas?”, questionou.

Marta também entrou na discussão, acusando Haddad de não divulgar dados sobre a frota autorizada de Uber na cidade – uma resolução publicada pela Prefeitura na semana passada, assegurando sigilo sobre as informações, acabou desautorizada por Haddad após vir a público. A candidata disse que o petista não é transparente na questão. O petista rebateu, dizendo que vai publicar os dados assim que os tiver em mãos, e que a Uber entrou com ação na justiça para evitar repassar as informações à administração municipal.

Russomanno ainda mencionou o fato de um dos sobrinhos de Haddad, Guilherme Haddad, trabalhar na empresa. “Seu sobrinho trabalha lá. Tem todos os dados.”

Confira algumas frases de destaque feitas pelos candidatos durante o debate:

Eu apoio a Lava Jato, não importa quem seja, não tem ninguém melhor ou pior. Que vá até o fim com todos.” Marta Suplicy (PMDB)

“O País precisa de reformas. Quem tem que dizer para o presidente (Temer), que é do seu partido (PMDB), que tem que resolver isso de outra forma sem tirar o direito de trabalhadores é você, não eu.” Celso Russomanno (PRB), para Marta

“Eu nunca mudei de partido nos últimos 30 anos. Eu tenho orgulho da minha trajetória, eu não pretendo mudar de lado.” Fernando Haddad (PT)

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“Sabe qual é a diferença entre Lula e FHC? FHC é honesto.” João Doria (PSDB)

“Você pode ir até o enterro do amigo. Entrar no buraco e jogar terra junto é um juízo de valor de cada um.” Major Olimpio (Solidariedade) sobre o apoio de Paulinho da Força, presidente de seu partido, a Eduardo Cunha

“Não temos estrutura, temos critério da aliança ou da possibilidade de aliança.” Luiza Erundina (PSOL)