PUBLICIDADE

Marta diz que PSDB está 'fritando' Alckmin

PUBLICIDADE

Por Carolina Ruhman
Atualização:

A candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, saiu hoje em defesa do adversário tucano Geraldo Alckmin - "São Paulo, na Melhor Direção" (PSDB-PTB-PHS-PSL-PSDC) - e avaliou que "não é digno" o PSDB já discutir um possível apoio ao candidato do DEM, o prefeito Gilberto Kassab, antes do primeiro turno das eleições. "Eles estão fritando o candidato antes da hora", disse Marta. "Não sei quem vou enfrentar, mas parece que o PSDB já tem o prato feito." Durante visita à subsede do Sindicato dos Comerciários em São Miguel Paulista, na zona leste da cidade, a petista avaliou que esta demonstração de apoio do PSDB ao DEM "provavelmente poderá agradar ao Serra (José Serra, governador de São Paulo) e ao Kassab, mas certamente vai desagradar, e muito, os peessedebistas de coração". A candidata avaliou a situação como grave. "Se eu, que não tenho nada a ver, estou achando isso, imagino o que devem estar achando os eleitores", provocou. Marta voltou a frisar que não sabe com quem deverá disputar o segundo turno. E destacou que respeita tanto Alckmin quanto Kassab, da coligação "São Paulo no Rumo Certo" (DEM-PR-PMDB-PRP-PV-PSC). "Como candidata, eu vou enfrentar quem for. Acho todos os adversários fortes, respeitáveis, e não frito ninguém antes da hora." A petista acredita que uma possível aliança entre DEM e PSDB na próxima fase da disputa não cria uma força maior contra ela e disse que vai buscar os eleitores e todos os candidatos que não forem ao segundo turno. "Eu espero ter o voto dos peessedebistas, kassabistas, malufistas, sonistas, de todos os candidatos." Marta aproveitou para proibir seus partidários de buscarem apoio de outros partidos e candidatos antes da votação do dia 5 de outubro. Segundo relatos, apoiadores da petista teriam tentado ontem, durante o debate eleitoral na Rede Record, iniciar uma discussão com o vice de Alckmin, Campos Machado (PTB), sobre um eventual apoio no segundo turno. A candidata da coligação "Uma Nova Atitude para São Paulo" (PT-PCdoB-PDT-PTN-PRB-PSB) afirmou que não apóia esse tipo de atitude, classificando-a como "desrespeitosa". "Todos os meus correligionários estão interditados de dar esse passo até a abertura das urnas", disse. "Tenho respeito pelos dois candidatos."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.