Marta assume compromisso de não criar taxas, mas desonerar

Ex-prefeita e candidata do PT admite que 'errou a mão' ao criar as taxas de luz e do lixo na cidade

Por Andreia Sadi , Anne Warth e Eli
Atualização:

A candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, afirmou nesta segunda-feira, 1º, que com o Orçamento atual da cidade, não precisará criar novas taxas para lidar com o problema do lixo. "A Prefeitura tem hoje R$ 25 bilhões, R$ 10 bilhões a mais do que quando eu administrei a cidade. Além de eu não precisar criar nenhuma taxa, é possível desonerar", disse. Ela afirmou que, se eleita, vai isentar cerca de 1 milhão de aposentados do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Hoje, 800 mil imóveis têm direito a esse benefício na capital paulista. Marta participa da primeira das sabatinas que o Grupo Estado promove com os candidatos que concorrem à maior Prefeitura do País. O vídeo da sabatina pode ser visto na TV Estadão (clique aqui). Veja também: Especial: Perfil de Marta Suplicy Após Lula, Marta mostra 'experiência' de boa relação com Serra Marta chora ao dizer que sofreu ao perder eleição para Serra Marta descarta pedágio urbano e rodízio maior em São Paulo Marta diz que não infringiu a Lei de Responsabilidade Fiscal Marta diz que, se eleita, vai manter AMAs de Serra/Kassab Galeria de fotos da sabatina com Marta Suplicy  Blog: confira as principais declarações de Marta na sabatina Veja gráfico com a última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo Vereador digital: Conheça os candidatos à Câmara de SP  As regras para as eleições municipais  Tire suas dúvidas sobre as eleições de outubro Marta  fez um mea-culpa ao dizer que um de seus erros, quando foi prefeita da Capital, foi tentar fazer muito em pouco tempo e contar com uma situação financeira difícil e um Orçamento engessado. "Acho que errei a mão", disse ela, numa referência a algumas medidas que adotou para suprir a falta de recursos no caixa da cidade, como a criação de taxas de lixo e de luz. E disse que se for eleita em outubro deste ano, vai acabar com o ISS para profissionais autônomos. "Esse compromisso eu posso fazer. Não vou diminuir, vou acabar com o ISS para autônomos na cidade". Marta ressaltou também a gestão do lixo em São Paulo durante seu governo. "Encaminhei muito bem (a questão) na nossa gestão e foi desencaminhada totalmente nessa (de Gilberto Kassab e José Serra). Nós tínhamos dois aterros sanitários, hoje o lixo é jogado em Caieiras", disse. Ela afirmou ainda que as centrais de reciclagem não foram ampliadas na atual gestão. "Vamos recuperar tudo, porque está tudo quatro 4 anos atrasado." 'Relaxa e goza' Marta foi questionada sobre o que acha da intenção de seus adversários, que pretendem retomar na campanha a frase "Relaxa e Goza", dita por Marta a respeito dos atrasos e cancelamentos de vôos durante a crise aérea. "Mau para eles, porque eu acho que a população não gosta de baixaria desse tipo, de golpe baixo. Em relação, a isso eu me desculpei com a população. Quem apela para isso está se sentindo muito acuado, senão apresentaria propostas", respondeu. A candidata ressaltou ainda que se vencer as eleições, sua gestão terá o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Lula trabalha melhor comigo porque construímos um partido juntos, com as mesmas propostas, não porque sou amiguinha dele. Eu trabalhei para a toda a cidade, mas para os que mais precisam, assim como o presidente Lula, que governa para todo o País, mas para os que mais precisam", declarou. "Não vejo nem em Kassab nem em Alckmin as mesmas preocupações que o presidente tem. Provavelmente eles têm as mesmas preocupações que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tinha", ironizou. Outras sabatinas As sabatinas do Grupo Estado têm transmissão ao vivo pela TV Estadão. O Portal Estadão divulgará flashes noticiosos e disponibilizará a íntegra dos vídeos, para consulta posterior. O segundo convidado será o ex-governador e candidato do PSDB Geraldo Alckmin. Pela ordem, virão em seguida o prefeito Gilberto Kassab (DEM) na quarta-feira, Paulo Maluf (PP) na quinta, Soninha Francine (PPS) na sexta e Ivan Valente (PSOL), que fechará o ciclo na segunda-feira, dia 8.

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