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Marina definirá apoio após posicionamento de Aécio sobre programa, diz Albuquerque

Deputado que se lançou como vice da ex-ministra afirmou que ela está esperando o tucano se pronunciar sobre temas como fim da reeleição, passe livre estudantil e ensino em tempo integral

Por Ricardo Della Coletta , Daiene Cardoso e João Domingos
Atualização:

Brasília - O deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), candidato a vice na chapa ao Palácio do Planalto do PSB, afirmou na manhã desta quinta-feira, 9, que a ex-ministra Marina Silva vai definir seu apoio no segundo turno depois que o candidato do PSDB, Aécio Neves, declarar se aceita ou não pontos do programa de governo da candidatura socialista.

Beto Albuquerque ao lado de Roberto Amaral quando PSB decidiu apoiar Aécio Foto: Ed Ferreira/Estadão

 

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"A Rede e a Marina têm o seu tempo para se pronunciar", disse Albuquerque, ao chegar à reunião da coligação "Unidos Pelo Brasil" (PHS, PRP, PPS, PPL, PSB e PSL), na qual os seis partidos que compõem e aliança devem tirar uma posição conjunta sobre o segundo turno. Até o momento, PSB, PPS e PSL já declararam apoio a Aécio; a Rede Sustentabilidade, partido informal de Marina albrigado dentro do PSB, sugeriu que seus eleitores que votem em Aécio ou anulem o voto. Marina, que obteve cerca de 22 milhões de votos (21,32% dos válidos), ainda não se manifestou.

Dentre os pontos que Marina quer ver Aécio abraçar, segundo Albuquerque, está o compromisso com uma reforma política que inclua o fim da reeleição e mandatos coincidentes de cinco anos. Também consta na lista, de acordo com o pessebista, o passe livre estudantil e as escolas em tempo integral. "Ela só poderá se manifestar mediante posicionamento do Aécio sobre pontos do programa que vamos entregar a ele", concluiu. 

Surpresa.Lideranças do PSB foram surpreendidas nesta manhã com a notícia de que a presidenciável derrotada do partido, a ex-ministra Marina Silva, decidiu não comparecer à reunião da coligação "Unidos Pelo Brasil", em Brasília. No encontro, a expectativa era que as seis legendas que integraram a chapa liderada por Marina (PHS, PRP, PPS, PPL, PSB, PSL) definissem uma posição conjunta para o segundo turno.

O PSB, maior sigla da aliança, decidiu na quarta apoiar o senador tucano Aécio Neves. Os representantes do PSL também não devem comparecer ao encontro, mas já anunciaram que vão marchar com o tucano.

O presidente interino do PSB, Roberto Amaral, e o presidente do diretório estadual de São Paulo, Márcio França, foram pegos de surpresa pela notícia nesta manhã. Lembraram que esse encontro foi pedido pela própria Marina. Ontem, a ex-ministra falou com Amaral por três vezes para acertar detalhes da reunião. 

Hoje cedo, a assessoria de Marina confirmou que ela não comparecerá ao encontro. Segundo o informe, posteriormente os "os líderes da Coligação levarão o resultado da reunião a Marina para subsidiar a contribuição da ex-candidata ao debate eleitoral".

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