A uma semana do primeiro turno, a candidata da Rede, Marina Silva, disse neste domingo, 30, que o País não pode “cair nos extremos”, em uma referência ao cenário polarizado com os dois primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto: Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). A ex-ministra alfinetou ainda a proposta de Constituinte do ex-prefeito, alegando que pode também ser um “retrocesso” à democracia.
“O Brasil não pode cair nos extremos. Esse é um momento difícil que precisa ser encarado pelos jovens libertários, pelas pessoas intelectuais, empresários democráticos”, disse a presidenciável durante caminhada na Av. Paulista.
O discurso da ex-senadora, que desidratou nas pesquisas e agora marca 5%, está no tom que ela deve levar nesta reta final, de crítica ao Bolsonaro e ao Haddad, como dois posicionamentos autoritários de direita e de esquerda, nas palavras da candidata.O objetivo é angariar votos mais de centro.
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“Dizer que vai convocar uma nova Constituição sem explicar para população brasileira quais as bases dessa convocação pode também significar ameaças a retrocessos à nossa democracia. Não queremos nenhum projeto que flerte com a Venezuela no Brasil”, afirmou a candidata da Rede.
Na última sexta-feira, Haddad disse que pretende convocar uma nova Constituinte e já foi criticado por adversários na disputa. Ciro Gomes (PDT) chamou de “violência institucional” a proposta.
Depois de criticar Haddad indiretamente, Marina disparou contra o deputado federal do PSL. “Não queremos o autoritarismo e o desrespeito do Bolsonaro com as mulheres, com os negros, os índios, com os gays, com todas as pessoas”. Ela participou do ato #EleNão no Largo da Batata em São Paulo no sábado.