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Marina associa Dilma a Paulo Roberto Costa

'Foi um funcionário de confiança da presidente Dilma', afirmou a ex-ministra que voltou a criticar a gestão da presidente à frente da estatal

Por Luciana Nunes Leal e Mariana Sallowicz
Atualização:
Ex-ministra associa Paulo Roberto Costa a Dilma e critica gestão petista na estatal Foto: Marcos de Paula/Estadão

Rio - A candidata à Presidência Marina Silva (PSB) associou nesta tarde a presidente Dilma Rousseff (PT) ao ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato acusado de lavagem de dinheiro. "Paulo Roberto Costa foi funcionário de confiança da presidente Dilma. Isso é resultado da governabilidade que as pessoas reivindicam que não pode mudar", afirmou em entrevista coletiva no Rio. A ex-ministra voltou a afirmar que a estatal está "reduzida a metade de seu valor", o que precisa ser explicado.

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As declarações da ex-ministra ocorrem no mesmo dia em que Costa foi à CPI mista da Petrobrás no Congresso para prestar depoimento. Como era esperado, contudo, o ex-diretor se manteve em silêncio e não respondeu a nenhuma pergunta dos parlamentares, pois firmou um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. O ex-diretor citou na delação mais de 30 políticos que estariam envolvidos em um esquema de pagamento de propina em contratos da estatal na delação. Parte dos nomes vazaram pela imprensa e a expectativa da CPI era de que Costa se dispusesse a comentar os detalhes da delação em uma sessão fechada, o que não ocorreu. Caso revelasse algum detalhe do que disse ao MPF, o acordo que prevê a redução da pena de Costa poderia ser rompido.

A ex-ministra disse também que sua candidatura está deixando os adversários "desesperados". Marina também criticou a presidente sobre empréstimos dos bancos públicos para uma pequena parte do empresariado. Para a ex-ministra, Dilma deve explicar "por que seu governo deu R$ 500 bilhões para meia dúzia de empresários, o que equivale a 20 anos de Bolsa Família".

Marina insistiu na promessa de que, se eleita, irá governar com os "melhores nomes" de cada partido."Acredito que boa gestão é aquela feita de forma compartilhada, com os melhores". Questionada sobre o resultado da pesquisa Ibope, divulgada ontem, afirmou: "A nova política já está acontecendo: estar onde estamos, não pelas estruturas, mas pelas propostas que apresentamos".

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