Lupi nega aproximação com Haddad e reafirma que PDT prepara Ciro para 2022

Presidente nacional do partido disse que não fará campanha para PT e que em 29 de outubro começará os trabalhos para a candidatura de Ciro Gomes ao Palácio do Planalto em 2022

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Por Mateus Fagundes e Daniel Weterman
Atualização:

Horas depois de o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, cobrar publicamente um maior engajamento do PDT no segundo turno, o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, afirmou que o partido não vai se empenhar na campanha do petista e que já começa a preparar a candidatura de Ciro Gomes para o Planalto em 2022.

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"Nós já declaramos que estamos contra o fascismo. É clara a nossa posição. Agora, nós não vamos fazer campanha, discutir plano de governo", afirmou Lupi ao Estadão/Broadcast

Em entrevista coletiva mais cedo, Haddad disse que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, já estava em contato com o líder do PDT para alinhar um apoio mais claro à candidatura petista. Lupi, porém, negou a conversa. Até o fechamento da reportagem, a assessoria da senadora não respondeu aos contatos. 

Carlos Lupi, presidente nacional do PDT Foto: Marcio Fernandes/Estadão

"Nem sei onde ela queria se reunir. Já tinha falado com ela que a minha posição era esta", disse. O presidente do PDT voltou a falar ainda que a sigla vai ser oposição ao governo que for eleito em 28 de outubro. "No dia 29 a gente já vai para a rua preparar a campanha do Ciro para 2022", afirmou.

Questionado sobre o apoio de candidatos do PDT a governos estaduais a Jair Bolsonaro (PSL) neste segundo turno, como Carlos Eduardo (RN) e Amazonino Mendes (AM), Lupi disse que o assunto será discutido depois das eleições. "Não vou sangrar o partido nas vésperas das eleições. Isso aqui não é o Terceiro Reich", afirmou. Especificamente sobre a posição no Rio Grande do Norte, Lupi aproveitou para, uma vez mais, criticar o PT. "Como eu vou exigir que o meu candidato suba no palanque do PT?", afirmou, em referência à petista Fátima Bezerra.

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